Salvador: Polícia investiga roubo de bebê após 17 dias do nascimento

 

Foto: Reprodução

Uma recém-nascida de 17 dias de idade foi roubada em via pública, na tarde de sexta-feira (12), no bairro de São Cristóvão, em Salvador. O fato ocorreu quando a mãe do bebê, identificada como Ana Paula Dórea Ferreria, de 18 anos, levava a criança para ser registrada em cartório.

Segundo Ana Paula relatou ao BNews, na manhã deste sábado (13), ela caminhava com a filha no braço quando foi abordada por uma mulher, que estaria armada, nas imediações do atacadão Atakarejo e do Hotel Hangar – ligação entre as avenidas São Cristóvão e Paralela. A desconhecida obrigou a mãe a entrar em um carro de dados ignorados. Mesmo com o rosto coberto, a vítima teria identificado a presença de dois homens dentro do veículo. Após circular pela região com o trio por alguns minutos, sob ameaças de morte, Ana Paula foi obrigada a entregar a filha, de inicias M.E., aos desconhecidos.

Conforme a mãe declarou na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra a Criança e Adolescente (Dercca), que investiga o caso, “após entregar a criança, o veículo parou e a mulher mandou que (Ana Paula) saísse”. O trio fugiu em seguida e a menina não foi mais vista.

Adoção – À polícia, a mãe do bebê relatou que durante o período de gestação uma mulher identificada pelo prenome Rosana teria entrado em contato por meio do Facebook sondando interesse em adotar a criança. A proposta teria sido recusada por Ana Paula. A conta da desconhecida na rede social foi excluída. Ao comunicar o roubo da filha na Dercca, a jovem disse ainda que as duas mulheres não possuíam semelhança física.

Depois do roubo da menina, Ana Paula e o pai da menina, Gleisson Mercês dos Santos, 24 anos, procuraram a 49ª Companhia Independente da Polícia Militar e a 12ª Delegacia Territorial, de onde foram direcionados à Dercca. O casal tem outra menina, de 2 anos de 5 meses.

Acusação de venda – Assim que surgiu a informação do roubo da recém-nascida, a mãe da criança passou a sofrer acusações. Algumas pessoas chegaram a relacionar o ocorrido com uma suposta venda do bebê.

A afirmação, no entanto, foi negada por Ana Paula através de mensagem compartilhada no WhatsApp: “Estou com minha consciência limpa, não vendi minha filha, porque eu tenho coração. Tenho uma filha de 2 anos e 5 meses e sei o que é o amor de mãe. Não sou desnaturada, que deixa filho em lixo ou dá para alguém”.

Na 49ª CIPM, a avó da criança, Luciana Gonzaga Dórea, disse que a filha não teve depressão pós-parto e não toma remédios. “Ana Paula estava passando por dificuldades financeiras, mas ‘tava dando pra viver. Eu ajudo, a avó dela ajuda também e agente ajuda no que a gente pode”, consta no boletim de ocorrência.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, as informações fornecidas por Ana Paula são apuradas, enquanto que testemunhas e familiares estão sendo ouvidos.



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