Bahia registra 15 mortes e mais de 11 mil casos de picadas de escorpião

Foto ilustrativa: reprodução

No período compreendido entre janeiro e agosto deste ano, a Bahia registrou o trágico falecimento de 15 indivíduos após serem atacados por escorpiões, de acordo com informações da Secretaria de Saúde do estado (Sesab).

No que diz respeito ao número de ataques, foi observado um total de 27.972 casos no ano anterior, enquanto neste ano foram documentados quase 11 mil incidentes. Em um acontecimento que chamou a atenção neste mês, a morte de um bebê de dois anos no extremo sul do estado suscita preocupação, uma vez que a suspeita é de que tenha sido vítima da picada de um escorpião. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) conduziu a necropsia para determinar a causa do óbito, sendo que o laudo será divulgado em até 30 dias.

O número alarmante de óbitos relatados até o momento em 2023 merece destaque por se aproximar do total contabilizado durante todo o ano passado, quando 20 pessoas perderam a vida.

Segundo Ana Virgínia Rocha, bióloga do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), as consequências de uma picada de escorpião podem ser particularmente graves em crianças e idosos. “Se a pessoa ficar internada até sete anos de idade ou para idosos, acima de 65 anos, devido à imunidade mais baixa, a infecção pode resultar em complicações mais complicadas, podendo até levar ao óbito”, explicou.

Após ser vítima de uma picada de escorpião, é essencial que o paciente seja encaminhado para a unidade de saúde mais próxima em até seis horas. Além disso, se possível, é recomendável levar o próprio escorpião para a unidade, a fim de que a espécie seja identificada.

No Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (Ciatox), localizado no Hospital Roberto Santos em Salvador, houve o atendimento de 2.138 pacientes em 2022 e 1.255 em 2023. Na capital baiana, não foram registrados óbitos decorrentes de picadas de escorpião. Contudo, 21 acidentes envolvendo esses aracnídeos foram documentados neste ano. O número reflete um aumento nos casos, já que em 2023, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) listou 23 pessoas feridas por picadas desses animais.

No condomínio Fazenda Grande 4, a presença de escorpiões tornou-se uma ocorrência frequente. Desde o final do ano passado, esses aracnídeos têm sido encontrados em paredes, pias e ralos, conforme relatado por moradores.

Edméia Chagas, dona de casa, mencionou: “Eles aparecem com mais frequência nos ralos do banheiro e da pia. Quando minha filha está se arrumando para ir à escola, peço que verifique os sapatos, pois ela pode ser picada”.

O CCZ foi acionado quando os animais sobreviveram a surgir nas residências dos moradores, em dezembro de 2022. Os profissionais do centro retornaram ao condomínio em março deste ano, mas o problema ainda não foi resolvido.

Conforme informado pela prefeitura, a presença de escorpiões foi identificada em 45 bairros da capital baiana. O bairro que lidera em acidentes é Cajazeiras, seguido por Pau da Lima, Itapuã, São Caetano e Valéria.



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