A Universidade Federal da Bahia (UFBA) enfrenta um cenário desafiador em 2024, com um orçamento 7% menor do que o ano anterior. A redução de R$ 13 milhões, equivalente a R$ 173,2 milhões, impacta diretamente o funcionamento da instituição e coloca em risco serviços essenciais.
Considerando a inflação dos últimos 12 meses, medida pelo IPCA, a defasagem é ainda maior. Seriam necessários R$ 21,6 milhões adicionais apenas para manter o mesmo nível de investimento de 2023. Essa quantia é crucial para garantir serviços básicos como segurança, portaria, limpeza, água e energia para uma comunidade de mais de 50 mil pessoas.
O corte no orçamento da UFBA não é um caso isolado. As universidades federais como um todo sofreram uma redução de R$ 310,3 milhões na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, caindo de R$ 6,2 bilhões para R$ 5,9 bilhões.
O reitor da UFBA, Paulo Miguez, critica o corte e destaca seus impactos negativos. “A defasagem orçamentária obriga a comunidade universitária a enfrentar sacrifícios. O corte é inexplicável, especialmente quando outros ministérios, inclusive o da Educação (MEC), receberam mais recursos este ano. É urgente que o MEC reavalie seu orçamento e destine mais recursos às universidades”, afirma.
O reitor ressalta a importância das universidades para o desenvolvimento do país. “As universidades são a grande aposta da sociedade em um futuro de conhecimento e liberdade. Elas precisam ser protegidas e não abandonadas”, defende Miguez.
A comunidade universitária da UFBA se mobiliza para reivindicar a recomposição do orçamento. A expectativa é que o MEC reconheça a importância das universidades e destine os recursos necessários para seu pleno funcionamento.
