Diferentes gerações trabalham como voluntários nas Obras Sociais Irmã Dulce

Diferentes gerações de pessoas trabalham diariamente como voluntários nas Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid) para colocar em prática os ensinamentos da futura primeira santa brasileira.

Dona Iraildes, de 71 anos, moradora do bairro de São Caetano, gasta duas horas e meia de viagem, duas vezes na semana, para atravessar a cidade e cuidar dos idosos no setor de geriatria do Hospital Santo Antônio.

Com sorriso no rosto, a idosa coloca em prática os ensinamentos que trouxe dos tempos de criança, quando era estudante do colégio Santo Antônio e saia de mãos dadas com Irmã Dulce para recolher doações e ajudava aos mais pobres pelas ruas da Cidade Baixa.

“Esse amor eu aprendi junto com ela [Irmã Dulce], vendo ela dar. E eu, quando cresci, que eu fui me lembrar, recordar, das atitudes dela, as coisas que ela fazia, eu também pensava: só um santo fazer isso, eu não faria. Muita coisa: ela pegar os velhos doentes na rua, malcheiroso, jogar no ombro, trazer. Alguém não queria pegar porque tava sujo, fedendo, ela mesmo pegava e trazia”, disse Dona Iraildes.

Dona Iraildes é voluntária do setor de geriatria do Hospital Santo Antônio — Foto: Reprodução/TV Bahia

Dona Iraildes é voluntária do setor de geriatria do Hospital Santo Antônio — Foto: Reprodução/TV Bahia

A dona de casa Sheila Weber aprendeu o legado de sensibilidade e solidariedade de Irmã Dulce depois que conheceu a freira e decidiu que o voluntariado seria para a vida inteira.

“Nessa época eu procurava vizinhos, parentes, pra conseguir sapato, roupa, algum item usado pra que eu pudesse ajudar ela a ajudar essas pessoas . Porque a gente via as pessoas na fila pedindo”, disse.

Os ensinamentos de Irmã Dulce e os gestos de amor ao próximo sempre presentes na casa da Sheila acabaram virando exemplo para o filho dela Gabriel, de 12 anos. O garoto é voluntário das obras sociais desde os 5.

O garoto tem o costume de fazer várias campanhas pelo Facebook, Instagram e WhastApp para conseguir brinquedos e roupas para crianças da instituição.

“Na minha opinião, uma frase que ela falou chamada: quando cada um faz um pouco, o pouco de muitos se soma. Significa que você não precisa ter medo de dar uma pequena quantidade de dinheiro ou de ajuda pra alguém. Porque se várias pessoas derem essa quantidade de dinheiro, pode dar uma ajuda imensa, uma quantidade significativa, muito, que pode realmente ajudar a mudar a vida de muita gente”, contou Gabriel.



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