Acervo do Museu do Cinema de Cachoeira é transferido; destino ainda é discutido

Foto: reprodução

O rico Museu de Cinema Roque Araújo, localizado no município de Cachoeira, no recôncavo baiano, está de mudança. Acontece que o imóvel que recebe o museu foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) e está passando por uma restauração para receber o Memorial da Irmandade Da Ajuda.

Na última semana, parte do acervo do museu foi visto colocado na calçada em frente ao prédio do empreendimento, levando algumas pessoas à pensar que o museu estava sendo despejado do local, mas o coordenador executivo Luís Antônio Araújo assegura que não é nada disso. “Algum desinformado passou em frente da onde funcionava o museu e viu os equipamentos na porta do espaço. O museu não está sendo despejado, apenas de mudança”, assegura. E
Essa mudança obrigou o Museu do Cinema a buscar uma nova casa. Segundo Luís Antônio, os equipamentos pertencentes ao museu estão sendo cadastrados pelo Ipac e guardados pela Fundação Hansen Bahia, que, junto à Santa Casa Cultural de Cachoeira, dará o destino final à exposição.
O novo local que abrigará o acervo de mais de 8 mil peças, como câmeras 16 e 35 mm, projetor de manivela, ilhas de corte e edição e dispositivos de áudio de diversas épocas, deverá ser definido durante o Festival Internacional de Cinema Finisterra Brasil Afrobarroco, que irá homenagear o cineasta Roque Araújo, criador do museu.
Ainda de acordo com Luís Antônio, o festival, que ocorre entre os dias 20 e 24 de abril, trará um projeto para realocação das peças. “Esse projeto vai envolver uma articulação com outros municípios do recôncavo que estão interessados em abrigar parte dos equipamentos do museu. Roque expõe de 8 a 9 mil peças no museu, é um acervo gigantesco”, explica. Ele explica que há uma discussão para a montagem de um circuito itinerante entre esses municípios, mas mantendo ainda um contato com Cachoeira.
“É uma cidade que tem tudo a ver com o curso de cinema. Roque Araújo deve administrar oficinas de produção audiovisual, com o conhecimento das memórias dele com o Glauber Rocha. Roque é um enciclopédia”, comenta sobre o projeto desenvolvido pelo Instituto Hansen.
Fonte: Correio


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