Família fica desabrigada pela 2ª vez em 6 meses após casa ser incendiada em Vitória da Conquista

Primeira casa foi perdida durante as chuvas de dezembro de 2021. Família ficou desabrigada por dois meses  residência acabou incendiada neste mês.

Primeira casa foi perdida durante as chuvas de dezembro de 2021. Família ficou desabrigada por dois meses  residência acabou incendiada neste mês.
Imagem: Reprodução

Uma família moradora do povoado de São Sebastião, na cidade de Vitória da Conquista está desabrigada pela segunda vez em um período de seis meses. A primeira delas foi durante os temporais de dezembro de 2021, quando a casa foi inundada pela enchente; a segunda foi em um incêndio este mês. As informações são do G1.

A dona de casa Jaqueline da Silva vive com o marido e os quatro filhos do casal: Pedro, de 7 anos, Paulo, 4, João, 3 e Hugo Rafael, de 1 ano e 2 meses. O companheiro dela está desempregado e ela não pode trabalhar porque o filho mais novo demanda cuidados e, com frequência, precisa ser internado após nascer prematuro extremo e com hidrocefalia.

Durante a enchente, a família perdeu móveis, eletrodomésticos, roupas e vários outros pertences. A casa não resistiu à força da água. Por causa disso, a família passou dois meses em abrigos da prefeitura, até que conseguiu, com ajuda de outros moradores do povoado de São Sebastião, uma casa para morar.

Na nova residência, no entanto, um incêndio iniciou no quarto e queimou quase tudo o que família tinha, como explica Jaqueline:

“A sorte foi que não pegou fogo no outro quarto, que era o quarto de Rafa [Hugo Rafael], e nem na cozinha, porque tinha as coisas que consegui com o tempo, fui juntando enquanto ele estava no hospital, e as coisas que eu ganhei, porque os leites dele são caros e eu estava preocupada dele ter alta e eu não poder comprar as latas de leite dele”.

Agora, a família está dividida para conseguir sobreviver. Jaqueline e o filho mais novo estão abrigados na casa da lavradora Julina do Nascimento.

“Eu sou mãe e avó, e a gente tem que ser ser humano. Mesmo que a gente não tenha uma condição boa, o que a gente tem, a gente tem que dividir. E foi isso o que me chamou a atenção e eu só não ajudo mais porque não posso”, disse Julina.

Enquanto divide um quarto na casa da lavradora, com o filho mais novo, Jaqueline tenta acompanhar o marido e os filhos, que estão em outras casas. A família agora busca uma forma de ficar junta novamente.

“Graças a Deus a comunidade de São Sebastião é um pessoal muito maravilhoso, sempre nos ajudou, desde a primeira vez, e se não fossem todos eles, eu não sei o que seria da gente”, disse ela.

A Prefeitura de Vitória da Conquista disse, por meio da Coordenação da Defesa Civil, que desde o dia 28 de dezembro de 2021 tem acompanhado a família. O imóvel foi vistoriado pelos engenheiros da Defesa Civil e, na época das chuvas, a família foi orientada a deixar a residência em decorrência do alagamento no local.

Ainda segundo a prefeitura, o esposo de Jaqueline, José de Jesus da Silva teria recusado o benefício social, porque queria a concessão de material de construção para reforma da casa, porém a Secretaria de Desenvolvimento Social não dispõe dessa modalidade de benefício.

A prefeitura também informou que a família já é atendida por equipes do CREAS e do CRAS. No entanto, por falta de documentação necessária ao cadastro, a família ainda não foi incluída no programa de Benefício de Proteção Continuada (BPC).

Por fim, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) diz que a família é atendida na Unidade de Saúde da Família de São Sebastião e não há nenhum registro de solicitações feitas pela família da criança à unidade ou que seja de conhecimento da equipe de saúde.

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