Moradores detalham terror e rotina de roubos e invasões na zona rural de Muritiba

Muritiba
Foto: reprodução

A invasão ocorrida na noite de segunda-feira (7) no sítio do prefeito de Muritiba, Danilo de Babão (PSD), na localidade conhecida como Carro Quebrado,  zona rural do município,  é mais um episódio de uma série de invasões em terras da região. De acordo com relatos de moradores locais à reportagem do Correio, assaltos, semelhantes ao que ocorreram no ferimento do gestor, são tornados frequentes, especialmente nas regiões mais distantes do centro urbano.

Um morador que optou por não se identificar descreve uma situação vivenciada nos últimos meses na zona rural do município. “Se já está difícil na cidade, imagine na zona rural. A criminalidade está descontrolada em Muritiba. As propriedades estão sendo assaltadas regularmente. Quanto mais isoladas o local, maior a probabilidade de invasões em residências, com ameaças e extorsão à população”, declara.

Segundo esse morador, os responsáveis ​​por esses incidentes seriam membros de facções criminosas que saqueiam todas as posses de valor nas propriedades, incluindo bicicletas e até mesmo motocicletas. Essas ações servem para financiar as operações de dois grupos criminosos que estão em conflito na região. Contudo, ele não possui informações precisas sobre quais facções estão envolvidas no embate.

Um outro habitante, que também prefere manter o anonimato por temor de represálias, relata que algumas pessoas da localidade optaram por não morar permanentemente em suas fazendas devido ao recebimento de se tornarem vítimas de invasões. Ela aponta que o efetivo policial é insuficiente para cobrir a extensa área rural de Muritiba.

“A zona rural da cidade é vasta, e os policiais não conseguem abranger tudo. Muitos moradores das fazendas mais afastados abandonam suas propriedades durante a noite. Eles vão durante o dia para realizar atividades agrícolas e retornam à cidade à noite por falta de segurança” , relata.

O mesmo morador menciona que a invasão à residência do prefeito gerou grande repercussão e intensificou o temor na comunidade. “A situação está se agravando; esses criminosos têm carta branca para agir. Não há resposta efetiva porque a falta de segurança e de presença policial nas ruas é alarmante. Como podemos lidar com essa situação? Chegamos ao ponto em que até o prefeito foi alvo “, ressalta.

Em comunicado, o PSD informou que entraria em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) buscando prioridade na investigação do caso envolvendo o prefeito. A reportagem tentou obter informações da SSP-BA sobre a possibilidade de ações abrangentes na região rural, mas até o momento do fechamento desta matéria não obteve resposta. A Polícia Militar (PM) também foi contatada para esclarecer se havia um reforço no policiamento na área, porém ainda não houve retorno.



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