Osmar Terra diz que coronavírus é ‘um vírus como os outros’

O ex-ministro da Cidadania e deputado Osmar Terra (MDB-RS) rejeitou as orientações das autoridades sanitárias do mundo sobre a melhor forma de evitar o aumento da propagação do coronavírus. Em entrevista a Mário Kertész hoje (18), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, ele minimizou o impacto da Covid-19 na população. “Depois que todo mundo já tinha tomado decisão de fechar, fechar e fechar, o vírus mostrou que era um vírus como os outros. Fez um pico de 11 semanas na China, viu que era um coronavírus tinha velocidade grande de contágio, com número de mortes relacionado a isso. O dano que ele causa não é tão grande como o H1N1. Nossos governadores embarcaram nessa canoa de fechar tudo e ficar em casa e se criou dois problemas: o vírus e a destruição da economia”, afirmou o parlamentar.

Terra, que é médico, negou que esteja colocando o valor da economia acima do valor da vida. No entanto, ele afirmou que o coronavírus teve um impacto muito maior nas classes mais pobres. “A vida está acima de tudo, eu também acho. Quando digo isso, não coloco economia acima da vida. Se me provassem que essa quarentena evita uma pessoa que vá morrer, não daria bola para questão de quebrar economia. Não só não evita as vítimas fatais, como vimos na Europa, como destrói tudo”, afirmou o deputado. “Quarentena é quarentena de rico, de classe médica. Pobre não pode fazer, não tem como deixar de trabalhar e ter renda. Perderam tudo, desapareceu tudo da noite para o dia. Pessoas que economizaram a vida inteira para ter um barzinho, em dois meses, sumiu tudo”, acrescentou.

Osmar Terra reforçou que países que não fizeram as medidas de distanciamento se saíram melhor na pandemia. “Essa tragédia toda ocorre, pior do que isso, o argumento mais falso é de que poderia ser pior. Pior que isso só um terremoto junto e uma mortalidade mais alta. Temos que rever essa maneira, que foi errada de se conduzir. Os países que não fizeram a quarentena e lockdown estão se saindo muito melhor”, disse.

Para o ex-ministro, espalhou-se um medo desnecessário em relação à doença. “As pessoas estão hoje assustadas vendo a televisão, um pânico por ficar em casa, ninguém explica até quando. Em junho vão ficar muitos poucos casos, vai terminar agora. Segue sempre assim. A gripe asiática foi assim, em Hong Kong foi assim, H1N1 também. Ela explode e acontece em alguns lugares, mas não acontece em todo o país”, apontou o parlamentar.

*M1



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