O cardiologista do IMDI Cardiocenter, Marcos Cerqueira não recomenda uso da ivermectina no combate ao Covid-19. Ao radialista Léo Valente do Programa Levante a Voz da Rádio Andaiá FM, na manhã desta quarta-feira (01/07), o médico explicou que não há evidências científicas que comprovem a eficácia do medicamento, “Não existe até então evidências cientificas fortes, obtidas através de estudos científicos de qualidade que suportem o uso de ivermectina, cloroquina, suplemento de zinco, vitaminas C e D ou outros nutrientes. Não existe nenhum estudo que recomende a ivermectina como prevenção da doença”, disse. Segundo ele, as pessoas não podem fazer o uso do medicamento e, menos ainda, recomendar, pois, só compete ao médico que assiste o doente tomar as decisões, “O que trago são recomendações baseadas em evidências científicas. A Dexametasona é para pacientes em estado grave que estão internados com uso de oxigênio. Se surgir evidências científicas eu serei o primeiro a recomendar”, frisou. Já Dr. Gilvandro Couto, popular Dr. Gil, defende o uso da ivermectina alegando que usa e viu resultados positivos em pacientes que também fazem o uso do medicamento. De acordo com ele, uma cidade de Porto Feliz, interior do Paraná, deu Ivermectina para toda a população mesmo sem sintomas e, no prazo de quinze dias, não houve mais internação e o quadro foi leve para quem contraiu o vírus. Alguns infectologistas não concordam com o uso da ivermectina na prevenção à Covid-19, a exemplo do infectologista Roberto Badaró. “A ivermectina não tem papel profilático. Pelo amor de Deus, a droga age bloqueando a protease do vírus. Se você está sem o vírus, você deveria, teoricamente, usar ivermectina a vida toda. Isso é absurdo porque a droga tem seus efeitos adversos e não é para você ficar fazendo a utilização. A ivermectina tem sua utilidade e tem sido usada quando o paciente já está confirmado que tem a infecção pelo coronavírus”, comentou. Dr, Christian Ferraz também não concorda com o uso da ivermectina na prevenção.
