Com 55 novos respiradores, Salvador vai ampliar leitos de UTI para covid; 20 serão doados a cidades do interior para diminuir ocupação de leitos na capital

Mais 55 respiradores foram entregues a Salvador nesta segunda-feira (10) e serão usados para fortalecer a luta contra a pandemia de covid-19 na capital. O prefeito ACM Neto apresentou os equipamentos durante evento na Central de Logística do Município, na estrada para Campinas de Pirajá.

Dos novos respiradores, 50 foram cedidos pelo Hapvida em sistema de comodado com a prefeitura, que vai usar os equipamentos sem custos enquanto durar a pandemia. Outros 5 foram doados pela Susano e ficarão com o município. A empresa vai doar ainda outros 3 respiradores, que devem chegar nos próximos dias.

Vinte dos respiradores serão cedidos ao governo do estado. Outros 20 irão ampliar em 20 leitos de UTI a capacidade do hospital de campanha do Wet’n Wild, que chegaria com isso a 40. Outros 10 devem ir par ao Hospital Salvador, dependendo da resolução de uma disputa judicial entre prefeitura e Ufba sobre os leitos para pacientes com covid-19 no lotal – Neto afirmou que vai a Brasília essa semana para tratar do assunto diante do Supremo Tribunal Federal (STF). Outros cinco ficarão como reserva, caso aconteça algum problema com algum respirador da cidade.

“Vinte estamos cedendo para o interior do estado”, afirmou Neto. “Nosso plano de expansão na capital está todo desenhado. Segundo, porque desde o início da pandemia aqui em Salvador temos recebido pacientes tanto da capital quanto do interior. A ampliação de leitos no interior, ela interessa à capital. Ela ajuda diretamente no controle da taxa de ocupação dos leitos de Salvador”, afirmou Neto durante o evento. “Quanto mais leitos no interior, menos pacientes do interior na capital”.

O secretário de Saúde da cidade, Leo Prates, avaliou que a reabertura das atividades em Salvador tem sido até agora “extremamente positiva”. A cidade começa hoje a fase 2 e está com a ocupação dos leitos de UTI para covid-19 em 55%.

“Isso dá uma grande folga pro sistema. Pra fase 2 poder voltar a fechar seria preciso 75% dos leitos de UTI ocupados, o que esperamos que não alcance. A chegada desses respiradores nos dá possibilidade de ampliação dos leitos, para sustentar essa taxa”, afirmou Leo. Neto expressou a mesma ideia. “Nem nas nossas previsões mais otimistas a gente conseguia imaginar nossa início de fase 2 com uma taxa de ocupação de 55%”.

Leo Prates afirmou que mesmo com a taxa de ocupação já no índice necessário para início da fase 3, será preciso esperar 14 dias observando como será o desenrolar desta fase 2.

“Se a gente tiver uma tendência de alta, isso quer dizer que não é hora ainda de abrir a fase 3”, diz. “Aconteceu ao contrário (na fase 1), graças a Deus as pessoas tiveram consciência, os comerciantes cumpriram protocolos e a gente está numa tendência de descida grande. Saimos de 75% para 55% de ocupação em 15 dias. Quero parabenizar também o trabalho do governo do estado, com abertura de leitos no interior, logicamente isso desafoga a capital”, completou o secretário.

Neto também falou da próxima etapa. “A ativação da terceira fase, assim como a decisão sobre funcionamento das escolas e reabertura das praias, vai acontecer a partir de agora, analisando o impacto dessa segunda fase, observando como vão se comportar, de um lado, os estabelecimentos que estão voltando e de outro, claro, da população, cada cidadão”, disse. Só depois devem vir os protocolos para essas outras atividades.

Fonte: Correio



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