Apesar de ser um dos estados que mais vacina, Bahia recebe quantidade de doses inferior ao ideal

Apesar de continuar no topo do ranking de estados com os maiores índices de vacinados contra a Covid-19, a vacinação na Bahia ainda segue em passos lentos devido a falta de celeridade por parte do governo federal.

É o que aponta o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas. “A quantidade de vacinas recebidas ainda é pequena, quando comparada à nossa população”, escreveu nesta quarta-feira (14), em publicação no Twitter.

O estado baiano atingiu a liderança na vacinação no dia 1º de abril, com 11,15% de sua população vacinada, na frente de regiões como Mato Grosso do Sul (11,06%), Rio Grande do Sul (10,26%), Amazonas (10,22%), Paraíba (10,10%) e São Paulo (10,10%).

Mas a Bahia caiu para a terceira posição e não conseguiu mais subir. “Não conseguimos avançar de novo para o primeiro lugar em função do envio irregular de vacinas por parte do governo federal. Porque a gente não consegue entregar as vacinas regularmente para a população? Porque o governo federal está perigosamente dependente de apenas duas vacinas (CoronaVac e Oxford/AstraZeneca)”, afirmou Vilas-Boas no programa Papo Saúde, do governo estadual.

O secretário reforçou que a solução para esse problema seria a liberação da vacina Sputnik, desenvolvida na Rússia. Cerca de 37 milhões de doses estão garantidas, mas não foram adquiridas por impasses colocados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

“O correto seria que tivéssemos vários fornecedores de vacinas e que isso tivesse sido adquirido lá atrás, há muito tempo. Como não foi feito, agora estamos expostos a essa situação. Uma solução seria trazer a vacina Sputnik. Ajudaria a regularizar o mercado e avançar a velocidade da vacinação na Bahia e no Nordeste. Mas acabamos emperrando nas exigências desnecessárias da Anvisa, em cima de uma lei que não está sendo respeitada”, reclamou.

 

*Bahia.ba



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