Em dois anos, o estado da Bahia aplicou 35 milhões de doses contra a Covid-19

Foto: Divulgação/ Govesp

Há apenas dois anos, a Bahia aplicava a primeira dose da vacina contra o coronavírus. No dia 19 de janeiro de 2021, enfermeiras, idosas, médicas e indígenas foram vacinadas contra o coronavírus e iniciaram uma corrida contra o tempo para salvar vidas. Desde então, o governo do estado, por meio da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), mobilizou um verdadeiro esforço de guerra contra o vírus para garantir que as doses da vacina chegassem aos 417 municípios do estado a tempo.

E os dados mostram que o mutirão cumpriu sua missão: em 2020, a Bahia registrou 10.287 mortes, enquanto que em 2022, com o avanço da vacinação, esse número caiu para 3.487 óbitos, representando uma redução superior a 66%, de acordo com o jornal Tribuna da Bahia. A secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, disse que a queda foi possível graças às medidas tomadas pelo governo do estado desde os primeiros dias da pandemia e a massificação da vacinação.

“Investimos mais de R$ 2,2 bilhões durante a pandemia para garantir a estrutura necessária para salvar a vida de milhares de baianos, com ampliação e reforma de unidades de saúde, instalação de um hospital de campanha na Arena Fonte Nova, além do Hospital Metropolitano. Isso tudo exemplifica a grande reunião de esforços em prol de salvar vidas. Hoje, não temos dúvidas sobre a eficácia da vacinação nesse controle. Desde quando as doses começaram a ser aplicadas, as taxas de internações e mortes decorrentes de complicações da Covid-19 caíram de forma considerável”, observou.

Diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro ressaltou que a queda gradual no número de óbitos prosseguiu mesmo diante de novas subvariantes mais facilmente transmissíveis, como a Ômicron, garantindo o índice de segundo estado com a menor taxa de mortalidade do país.

“A vacinação foi um divisor de águas na pandemia. Tínhamos um cenário devastador e percebemos uma situação completamente diferente após o início da aplicação. Apesar de termos tido um número maior de casos em 2022 quando comparado a 2020, registramos uma redução de mortalidade de mais de 66%. Então, o sentido da vacinação é claro. Ela não garante que a pessoa não vá se contaminar, mas o risco de agravamento e morte será muito menor se você estiver com o esquema vacinal completo”, explica.

Mais de 35 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 foram aplicadas em todo o estado em dois anos e para tornar possível o processo, foi necessário montar uma enorme estrutura logística, o que fez da Bahia referência nacional no combate à Covid-19, conforme explica Vânia Rebouças, coordenadora do Programa de Imunização da Sesab.

“A luta era intensa e não podíamos perder tempo. Contamos com o apoio da Casa Militar e Diretoria de Aviação Civil e iniciamos uma logística de distribuição aérea imediata dessas doses recebidas. A ideia era fazer com que todos os 417 municípios pudessem receber esses imunizantes em tempo recorde e essa logística foi complementada por um esquema terrestre. Foi assim que a Bahia se destacou e foi classificada como um dos estados exemplo na logística de distribuição dos imunizantes. Até o momento, nós já aplicamos mais de 35 milhões de doses e seguimos trabalhando para levar a vacina para todos os baianos”, afirma.

Apesar das evidências claras da eficácia da imunização, mais de 6 milhões de baianos estão com o esquema vacinal incompleto, o que é motivo de preocupação.

“Nos próximos dias, nós teremos a Festa de Iemanjá e o Carnaval, que são festas populares que atraem milhares de pessoas. E o que eu venho hoje deixar como mensagem da saúde é: por favor, reforcem a vacinação. Temos mais de seis milhões de baianos e baianas com o esquema vacinal incompleto. A pandemia não acabou. Precisamos reforçar a necessidade de concluir o esquema vacinal em prol da proteção de todos”, pede a secretária.

 

 

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