Uma simples carta enviada pelos Correios no último dia 28 renovou as esperanças do professor Élio Martis Carvalho. Tendo como remetente o Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), o documento pôs fim a uma espera angustiante. Após três meses, ele vai receber a segunda remessa de cápsulas da substância fosfoetanolamina, apontada como “pílula do câncer”. Em estado terminal devido a um agressivo câncer na língua, Carvalho, morador de Santo Antônio de Jesus, enxerga na substância sua “tábua de salvação” na tentativa de refrear o avanço da doença que pode levá-lo à morte. Foi isto o que aconteceu quando ele começou a consumir as cápsulas e experimentou uma grande melhora em seu quadro clínico. Entretanto, após a USP suspender o fornecimento, o professor apresentou um rápido agravamento de seu estado de saúde. Para tentar evitar a morte do pai, seu filho, o estudante Caio Machado, criou uma petição online para pressionar a universidade a enviar novas remessas do componente (veja aqui). A iniciativa parece ter dado certo, já que a família conquistou seu objetivo. O estudante agradece o apoio de quem aderiu à campanha. “Fiquei muito satisfeito e feliz de ver que meu esforço não foi em vão”, comemorou. A família, entretanto, está receosa. O tratamento com a substância é longo e todos têm medo de enfrentar novamente o drama da suspensão do fornecimento. “A gente fica receoso se a USP vai continuar mandando o medicamento. Quando alguém fica sem tomar a fosfo por muito tempo, a doença volta com força total. Para alguém com um câncer como o do meu pai, ficar mais três meses sem a substância pode ser fatal”, explicou. Apesar do medo, Machado não esconde a felicidade de poder ver seu pai se recuperar. A substância deve chegar à casa da família em dentro de uma semana.(Bahia Notícias)