Procedimentos de implantes de próteses faciais, como o que Zilu Camargo, ex-mulher do sertanejo Zezé Di Camargo, se submeteu, precisam ser bem planejados e monitorados para evitar prejuízos. “Essas próteses sintéticas tem um risco muito elevado, não só de rejeição da prótese a longo prazo, como também de erodir a própria mandíbula e causar prejuízos em raízes dentárias”, adverte a cirurgiã plástica, e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Fernanda Serra. Zilu vem sofrendo com as consequências da rejeição a uma prótese de silicone colocada em seu queixo. Em entrevista ao Bahia Notícias, a médica explica que esses procedimentos são menos comuns que os implantes de próteses de mama e glúteo, campeões de procura. “Normalmente quem procura esses implantes faciais, são pacientes que tem provavelmente alguma má formação”, explica. A especialista acredita que procedimentos dessa natureza tenham melhor resultado técnico através de cirurgias ortognáticas, nas quais acontece um reposicionamento da parte óssea do rosto. “Se um paciente chega para mim se queixando de que tem um queixo muito curto, ou um queixo muito projetado nós encaminhamos para esse tipo de procedimento, que é muito mais complexo, mas tem um resultado mais natural e é bem mais seguro”, conta. Apesar de não ter sido divulgado maiores detalhes sobre o que aconteceu com a ex-esposa de Zezé de Camargo, alguns médicos chegaram a trabalham com a hipótese de contaminação durante a cirurgia, sob o argumento de que ela se queixa de dores na região da cirurgia. Contudo, Serra discorda dessa teoria. “A boca em si já é uma região extremamente contaminada. Qualquer cirurgia dentro da boca já é uma cirurgia contaminada. Essas próteses vem preparadas para esse tipo de situação. Então eu não acredito muito na hipótese de contaminação de bactérias dentro da cirurgia porque a própria boca já tem muitas bactérias. É difícil criar um ambiente estéreo, como é possível em outras regiões do corpo”, conclui.
(Bahia Notícias)
