Ciência já sabe detectar se paciente precisa ou não de quimioterapia

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É comum ouvir dizer que muitos pacientes com câncer não morrem da doença, mas sim do tratamento. A quimioterapia assume-se como a terapêutica principal, mas as suas consequências altamente nocivas para a saúde do paciente fazem com que a ciência se desdobre em estudos para encontrar uma alternativa. Essa alternativa ainda não chegou, mas foi agora dado um passo gigante rumo à saúde dos pacientes oncológicos.

Um estudo conjunto entre o Instituto Sanger Wellcome Trust de Cambridge e o Instituto Europeu de Bioinformática (ambos no Reino Unido), publicado na revista Cell, indica que já é possível saber se o paciente necessita ou não se ser submetido a tratamentos de quimioterapia para tratar a doença. Mais concretamente, a investigação prova que as linhas celulares derivadas de um paciente têm as mesmas mutações genéticas existentes nos tumores, o que ajuda a traçar um plano e a prever a resposta dada por cada tumor aos tratamentos médicos, o que não só permite evitar a quimioterapia como personalizar de uma forma ainda mais eficaz a terapêutica, dando ao paciente o tratamento mais indicado para o seu caso e não o tratamento visto como mais indicado para a doença que padece.

O estudo teve por base a análise a mais de 11 mil pacientes com mais de 29 tipos de câncer, uma amostra elevada e que permitiu criar uma base de dados com as mutações associadas ao cancro e um mapa de desenvolvimento das alterações genéticas num vastíssimo leque de linhas celulares.

Essas mesmas linhas celulares foram submetidas a tratamentos com 256 fármacos anti-câncer de forma a encontrar a resposta dada e concluiu-se que as linhas celulares dos pacientes transportavam as mesmas mutações genéticas que causam o tumor.

(NM)



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