Em reunião realizada na tarde da quinta-feira (14), o CISP (Conselho Intermunicipal de Segurança Pública), discutiu a questão dos flanelinhas em Santo Antônio de Jesus. Polícia Civil e Militar, Associação Comercial, SMTT (Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito), Secretaria de Ação Social e o Ministério Público debateram sobre o assunto.
“Nosso objetivo é a proteção para a população. Foi nos passado que a forma como os flanelinhas têm agido, não são todos, mas grande parte deles tem agido de forma agressiva. Então nós temos essa preocupação em proteger a população. Com isso, criamos a campanha que iniciará a partir do dia 20 para conscientizar a população que não dê dinheiro aos flanelinhas, não contribua para esta ação em Santo Antônio de Jesus”, afirmou Siminiana Silva, promotora e coordenadora do CISP.
Muitos flanelinhas alegaram trabalhar dessa forma por falta de oportunidades. De acordo com a promotora, foram apresentadas opções, como trabalho, requalificação, até tratamento com dependência química, por parte da Secretaria de Ação Social ofertadas a essas pessoas, mas não houve interesse demostrado.
“Inicialmente a Secretaria de Ação já foi até os principais locais de ação dessas pessoas e forram ouvidas. Tem um mapeamento dessas pessoas e de qual seria a ação social necessária para elas, mas nos estamos enfrentando uma certa resistência deles, porque já estão habituados a ter um certo valor mensal e a viver com esse valor, mas nos estamos apresentando alternativas, seja no tratamento psicológico, tratamento de algum vício, ou a bebida, ou intervenientes. Nos estamos encaminhado, mas nos precisamos que eles aceitem. E aqueles outros que precisam apenas de trabalho, estamos junto a Associação Comercial tentando uma forma de encaixa-los. Nos temos a intenção que seja implementado futuramente na cidade o projeto zona azul e com isso nos poderíamos qualificar essas pessoas e eles poderiam, formalmente, continuar no mesmo trabalho mas de forma legal, de forma lícita”, relatou Dra. Siminiana.
Ainda de acordo com a coordenadora, o projeto terá permanência numa ação conjunta do Cisp, prefeitura e demais órgãos responsáveis. “O CISP manterá esse projeto continuadamente, mas nos não podemos deixar de tirar a responsabilidade da prefeitura e dos órgãos que são, por lei, destinados à fiscalização, seja do ordenamento do solo urbano, seja do tráfego e trânsito aqui na cidade”, afirmou.
Para Wenderson Brito, gerente da Associação Comercial, é importante ter a conscientização dos flanelinhas para a esta atividade que é irregular. “A questão é importante esclarecer que esse enfretamento não e referente as pessoas e sim combate a atividade. Existe uma lei no município, a 1205/2013 que proíbe, a atividade de cobrança de estacionamento em espaço publico. Então o enfrentamento é para a atividade que é irregular no município. Agora há também uma preocupação do comitê não somente proibir, mas também provocar a Ação Social dê subsidio para que essa pessoas que queria mudar de vida, possa se capacitar e ser direcionadas a programas sociais”, explicou.
(Blog do Valente)
