Delatores da Lava Jato cumprem penas brandas em São Paulo

Condenado pela Operação Lava Jato, o ex-consultor da Toyo Setal, Julio Camargo, foi um dos beneficiados pelo acordo de delação premiada. Ele deveria cumprir 14 anos de prisão, mas o acordo permitiu que a pena dele fosse reduzida para cinco anos e cumprida em regime aberto, sem tornozeleira eletrônica.

Segundo matéria da Folha de S. Paulo, o executivo tem levado uma vida bem diferente da do parceiro Eduardo Cunha, por exemplo, que está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba há dois meses.

Camargo não cumpre uma rotina rígida, mas foi obrigado a se desfazer de alguns luxos, como o barco de 75 pés, com o qual circulava por Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

De acordo com a matéria, interlocutores contaram que o ex-consultor pôs o barco à venda por mais de R$ 9 milhões. além de já ter vendido o seu jatinho por R$ 6 milhões.

O dinheiro arrecadado com a venda do barco deve ser usado para quitar uma multa de R$ 40 milhões aplicada pela Justiça, assim como fez com o que recebeu pela aeronave.

Fontes contaram ao jornal que Camargo fica bastante em casa, no Morumbi, bairro nobre de São Paulo, e também voltou a frequentar eventos no Jockey Club.

O ex-consultor vive de juros de negócios que realizou na Petrobras. Segundo as investigações, ele recebeu ao menos R$ 266 milhões.

Já o ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio de Azevedo, cumpre prisão domiciliar, no seu apartamento em Moema, São Paulo, é monitorado por tornozeleira e não tem o benefício de ir e vir.

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