Chacina que matou 8 na BA não foi maior por falta de munição, diz polícia

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A chacina que deixou oito jovens mortos, sendo quatro filhos de policiais, e um ferido em Porto Seguro, no sul da Bahia, na noite do domingo (5), não foi maior porque a munição dos criminosos acabou. De acordo com informações passadas ao G1 nesta quarta-feira (8) pelo delegado Moisés Damasceno, coordenador regional da Polícia Civil, um dos sobreviventes contou, durante depoimento, que um dos suspeitos falou que não atirou mais porque a munição acabou.

Segundo a Polícia Civil, as vítimas foram mortas após voltarem de uma festa “paredão”, que ocorreu na orla de Porto Seguro, na noite do domingo. O delegado Moisés Damasceno informou que os jovens teriam se envolvido em uma discussão no evento, mas que a briga não teria relação com o crime.

O delegado ainda disse que os suspeitos de terem participado do crime já foram identificados e têm envolvimento em uma outra chacina, ocorrida há dois anos e meio, quando seis pessoas foram mortas. Nenhuma prisão foi divulgada até esta quarta-feira.

Investigações
Conforme informações da polícia, os jovens estavam em uma casa no bairro de Porto Alegre I, quando foram surpreendidos por homens fortemente armados, que chegaram ao local, atiraram neles e depois fugiram.

Além do jovem que está internado em Porto Seguro, dois homens e todas as mulheres que estavam no imóvel no momento do ataque sobreviveram.

Segundo a Polícia Civil, os bandidos responsáveis pela chacina se passaram por policiais ao chegarem ao local do crime. Os homens estavam encapuzados, usavam roupa de camuflagem, coletes balísticos e armas de grosso calibre. As informações foram passadas à polícia durante depoimento dos sobreviventes do atentado, que começaram a ser ouvidos ainda na segunda-feira. Vizinhos da casa onde o ataque aconteceu também prestaram depoimento.

A motivação do crime segue sob investigação. “A gente vai atuar com todo empenho possível para identificar a autoria, identificar a motivação, e descartar ou não se isso tem relação com o fato dessas vítimas serem filhos de policiais”, explicou Moisés Damasceno.

Ainda de acordo com o delegado, nenhuma das vítimas tinha passagem pela polícia. “Nada pesa sobre a conduta de nenhuma das vítimas, então é um fato que precisa ser investigado por todas as linhas”, disse o coordenador regional.

De acordo com a PM, os criminosos chegaram ao local a bordo de uma caminhonete Ranger de cor vermelha e efetuaram vários disparos. Três corpos foram encontrados do lado de fora da casa, e outros cinco dentro do imóvel.
O veículo usado pelos bandidos foi encontrado por policiais e levado para o pátio da delegacia. Segundo informações da polícia, o automóvel havia sido roubado horas antes. No local do crime foram encontradas cápsulas de fuzil calibre 556, segundo a polícia.



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