“Qual (is) Deusa (as) predominam em você?”, leia no artigo da terapeuta Carine Oliveira

Você já parou para pensar que os arquétipos femininos podem estar interferindo na expressão dos seus desejos sexuais? Nós somos mulheres complexas e no nosso inconsciente coletivo existem experiências que não são da nossa amplitude individual, mas que podem ser acessadas quando necessárias e manifestam-se em sonhos, mitos e fantasias de maneira simbólica segundo Jung, isso é denominado de arquétipos. Os arquétipos do feminino baseado na mitologia grega são sete e se subdividem em três grupos:  as virgens ( Ártemis, Atenas e Héstia) as vulneráveis ( Hera , Deméter e Perséfone) e a alquímica (Afrodite). Essa divisão se baseia na influencia do relacionamento e no foco. Como assim? As Deusas virgens se concentram em suas metas próprias e pouco  dão importância ao relacionamento, já as Deusas vulneráveis são orientadas pelos relacionamentos, tem uma percepção difusa. A Deusa alquímica não pertence nem ao grupo das virgens  quanto o das vulneráveis, convidam as mulheres a serem criativas e à mudança.  A combinação de Deusas que se expressa em você, refletirá na forma como você lida diante de vários contextos. E neste contexto abordarei um pouco sobre a sexualidade a partir de cada Deusa.

Ártemis é um espírito –aventureira, auto-confiante, competidora nata, independente, desbravadora, instintiva e desafiadora, sua expressão sexual é livre e vive os relacionamentos de forma independente.

Atena independente, dissociada do feminino, estrategista, prioritariamente racional, intelectual. Para este arquétipo os seus desejos sexuais é mais racionalizado, visto que o sexo pode acontecer como um ato calculado, visto que ela domina a vontade sobre os instintos.

Héstia é ligada a sabedoria, espiritualidade e força interior, pouco sedutora. Mulheres que vivenciam esse arquétipo tem dificuldade para expressar seus sentimentos e desejos sexuais.

Hera é o arquétipo da esposa, o casamento é a coisa mais importante na vida para ela, companheira, apegada a valores e tradições familiares, a sua sexualidade se expressa na relação duradoura e estável.

Deméter é correlacionada ao instinto maternal, prestativa, digna de confiança, generosa. Nos relacionamentos são muito mais receptivas ao contato intimo e preliminares que o ato sexual em si.

Perséfone se expressa a partir de duas temporalidades: Coré (jovem) e Rainha ( madura). Essa temporalidade interfere na sua relação com a sexualidade. A Coré é agradável e quer sempre agradar, sonhadora, intuitiva, mediunidade. A sexualidade de fato não é tão importante e quando expressa a sombra, de fato se desconecta mais ainda.

Afrodite é a única Deus que de fato expressa a sexualidade de forma consciente. Sensualidade, espontaneidade, agente de transformação, sedutora, inspiradora, autêntica, alegre, empática, criativa. Para ela a sexualidade, a expressão dos seus desejos são muito importantes e intensos.  Contudo pode chegar a ter dificuldade de construir vínculos duradouros como Heras.

A Deusa que lhe domina, pode ser reflexo do seu contexto atual, por isso não se assuste, como disse no início dos textos, temos todos esses arquétipos internalizados e se soubermos harmonizá-los, será cada vez mais benéfico. Para que você possa transitar, um acompanhamento terapêutica é uma excelente estratégia.  E ai? Qual (is) Deusa (as) predominam em você? Estou com muita expectativa para saber

 

*Carine Oliveira – Pesquisadora em Nutrição Comportamental, Relacionamentos e Sexualidade



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