O jornalista Rafael Spaca participou do Programa do Valente e revelou bastidores do seriado ‘Os trapalhões’, algumas polêmicas envolvendo o grupo, Renato Aragão e brigas.
Fã do grupo desde criança, disse que se sentia incomodado com a falta de biografia sobre ‘Os Trapalhões’, e por isso decidiu ‘colocar a mão na massa’ e fazer um documentário, como afirmou.
“Era um grupo tão importante e com pouca obra a respeitos dos trapalhões. Eu decidi fazer um estudo sobre o cinema dos trapalhões. No começo era fazer mesmo uma tese de mestrado sobre Os Trapalhões”, revela.
Segundo o jornalista, Renato Aragão não gostava de ser chamado de ‘Didi’ fora dos palcos e seu cachê era muito maior que o dos outros integrantes, como o Zacarias, Mussum e até mesmo Dedé Santana. De acordo Spaca, foi um dos motivos que levou a briga e a dissolução do grupo.
“É verdade. Uma camareira nos informou que fora do ar era Dr. Renato Aragão e como ele era a figura principal da trupe, a estrela principal, então ele ganhava muito mais. O Dedé, o Mussum e o Zacarias eram apenas atores”, disse.
Ainda conforme Rafael, o Renato Aragão tem uma personalidade muito difícil, diferente do personagem Didi que avacalhava a todos.
Spaca trouxe à tona uma história de desavenças entre Renato Aragão e Fausto Silva. Segundo ele, nos primeiros meses de Fausto Silva na Globo rolava uma conversa de que Renato Aragão tentou puxar o tapete do colega.
“Na época em que o Faustão chega, Os Trapalhões já estão em declínio, a audiência começa a baixar e o Renato começa a falar que o Faustão entregava a audiência baixa e por isso é que o programa, Os Trapalhões, ia mal”, diz.
Rafael revelou ainda que em uma ocasião, Renato Aragão, revoltado, chegou a invadir o estúdio do Faustão e depredou o local. O caso foi noticiado na imprensa na época.
“Renato não assumiu a responsabilidade do programa ter ido mal e jogava nas costas dele. E o Renato tem essa característica “, pontua.
Documentário
Sem definição, Trapalhadas Sem Fim, que não conta com o apoio de Renato Aragão e Dedé Santana, os únicos Trapalhões vivos, acabou afetado pela pandemia do coronavírus, que deixou o cenário cultural ainda mais confuso, segundo Spaca.
Rafael Spaca é radialista, jornalista, escritor, produtor cultural, cineasta e também o diretor do documentário ‘Trapalhadas sem Fim’ que narra a história do grupo Os Trapalhões.
Rafael Scapa já escreveu dois livros sobre o grupo: As HQs dos Trapalhões e O Cinema dos Trapalhões.
Confira a entrevista na íntegra: