Com a chegada do período junino, a demanda de contratação de artistas que tocam forró deveria aumentar, mas as pesquisas mostram o contrário. Segundo um levantamento feito pela Metro1, através dos dados do Portal da Transparência Junino, construído pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), os artistas com os maiores cachês que vão tocar ao redor da Bahia durante as festas juninas, não fazem parte do forró, e sim de ritmos que não estão ligados a tradição junina.
Entre os ritmos mais contratados está o sertanejo. O cantor que lidera a lista dos mais bem pagos é Wesley Safadão, com cinco contratos nas cidades de Candeias, Euclides da Cunha, Jequié, Itabuna e Belo Campo, cada um no valor de R$700 mil, totalizando em R$ 3,5 milhões. Em seguida, a dupla Zé Neto e Cristiano com contratos em Irecê e Ipiau de R$650 mil. O cantor Leonardo ocupa o terceiro lugar, com cachê de R$500 mil na cidade de Serra Dourada.
“Nosso São João requer a utilização das raízes das matrizes do forró. Nós não temos nada contra o sertanejo, mas nessa época não cabe. Nossas tradições estão sendo enterradas”, disse Marizete Silva do Nascimento, presidente da Associação Cultural dos Forrozeiros da Bahia (Asa Branca).
Confira aqui a matéria sobre quanto cada artista cobrou para se apresentar nas grandes festas de São João 2023.
