Uma adolescente de 17 anos, grávida de 34 semanas, está internada no Hospital Maternidade Luiz Argolo em Santo Antônio de Jesus desde o dia 27 de janeiro. Diagnosticada com trombose em uma das pernas, a jovem precisa ser medicada com o anticoagulante Enoxaparina. O tratamento pode continuar em casa, e o hospital onde ela está internada já indicou possibilidade de alta com essa condição, mas a 4ª Diretoria Regional de Saúde (DIRES) nega o fornecimento do medicamento para uso domiciliar.
A 4ª Dires exige que a paciente tenha mais uma incidência de trombose para liberar o medicamento, o que revolta a família. “Eu acho isso um absurdo, porque é um direito dela essa medicação. Eu vou esperar minha irmã dá outra trombose para correr o risco dela ou do bebê falecer, para que eles forneçam essa medicação?”, desabafou a irmã da paciente.
A Enoxaparina é um anticoagulante indicado para o tratamento e prevenção de coágulos sanguíneos que podem causar a trombose venosa profunda, reduzindo o risco de acidente vascular cerebral (AVC) ou ataque cardíaco. Este medicamento ajuda a manter o bom fluxo sanguíneo.
Mulheres grávidas e em período puerpural são até cinco vezes mais propensas a sofrerem tromboembolismo venoso, condição na qual as veias e artérias são obstruídas por coágulos e pode provocar desde inchaço e alterações na pele até o desprendimento da placenta, restrição no crescimento do feto, parto premaaturo e até aborto.
Até esta segunda-feira, a família não teve um novo retorno. Eles vão buscar orientações e apoio junto ao Ministério Público. O Blog do Valente solicitou à Secretaria de Saúde do Estado uma explicação para o fato, ainda sem retorno.
