A Secretária de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), durante uma entrevista concedida à Rádio Recôncavo, abordou temas de extrema importância relacionados à saúde no contexto atual. Entre os tópicos discutidos, Roberta Santana iniciou a conversa com o repórter Naldo Filho, abordando a proposta de ampliação do Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus (HRSAJ).
“Efetivamente, estamos analisando um projeto para expandir o perfil assistencial do hospital. Estamos na fase final do estudo e logo estaremos submetendo ao governador. Temos nossas prioridades, mas é importante destacar que a região tem apresentado uma boa eficácia em termos de resolutividade. Recentemente, também tive uma reunião com o prefeito, discutindo a integração dos serviços entre município e estado, pois acreditamos que essa é a chave para o sucesso. Em breve, estaremos anunciando as obras de saúde, com a decisão do governador Jerônimo, baseada no Programa de Governo Participativo (PGP), que é uma iniciativa dele”, afirmou Roberta Santana.
Embora algumas análises indiquem melhorias no processo de regulação da saúde no interior do estado, ainda são necessários ajustes devido aos obstáculos que continuam atrasando ou impedindo a transferência de pacientes. Nesse contexto, a secretária explicou: “É um processo complexo que não se resolve com uma ou duas ações, mas sim com uma série delas. Estamos fortalecendo a parceria com os municípios, expandindo os serviços para o interior, estabelecendo novos contratos com entidades filantrópicas e privadas, visando ampliar nossa capacidade de atendimento. Nossa expectativa para este ano é a ampliação da rede, incluindo a criação de um hospital ortopédico, o que representa um grande avanço na resolução dos problemas de regulação, especialmente na área da ortopedia.”
Quanto aos casos de dengue na Bahia, a secretária relatou uma redução de 11% em comparação com o ano de 2020 e discutiu a chegada da vacina Qdenga ao estado. “Solicitamos inicialmente 70 mil doses, mas a expectativa é que a Bahia receba cerca de 120 mil. No entanto, tanto o laboratório quanto a indústria não possuem capacidade de produção suficiente para atender à demanda. Além disso, houve uma redução na faixa etária-alvo, que agora é de 10 a 11 anos, em vez de 10 a 14. É importante ressaltar que a vacinação por si só não resolve o problema da dengue; é essencial combater os focos dentro das residências, onde 80% deles estão concentrados”, enfatizou.
A secretária alertou para a possibilidade de circulação de novas variantes da Covid-19 durante o período de Carnaval e ressaltou a importância do monitoramento. “É crucial realizar testes PCR em casos de sintomas respiratórios. Além disso, é fundamental entender que a vacinação é a chave para combater a variante presente. Portanto, meu apelo é: ‘Vacina, salva vidas'”, concluiu.
