É fome ou vontade de comer? Descubra!

É só viver uma situação de forte emoção (leia-se tristeza, ansiedade ou euforia) para muita gente sentir uma vontade súbita – e incontrolável – de comer guloseimas. Isso é o que os médicos chamam de “fome emocional”. E quem é vítima dela conhece bem o fim dessa história: um pacote inteirinho de bolacha no estômago e a dieta no lixo. “Enquanto a fome física é uma necessidade orgânica de alimentar o corpo, a emocional está relacionada a uma dificuldade em lidar com nossos sentimentos, tristezas e ansiedades”, pontua o endocrinologista Renato Zilli. Falando assim até parece fácil diferenciar uma da outra. Mas não é. Saber identificar os sinais que as definem e as distinguem exige observação e uma boa dose de autoconhecimento. A seguir, nós mostramos a diferença entre a fome física e a emocional e ainda ensinamos uma técnica simples, com cinco passos para você nunca mais descontar as emoções na comida. O resultado você sentirá na balança (e na autoestima)!

Fique atenta
Ninguém está livre de, vez ou outra, descontar as emoções na comida, mas se isso é frequente e está atrapalhando a sua saúde e bem-estar, busque ajuda. “Para melhorar a relação com a comida precisamos de um plano de ação que envolva atividade física, plano alimentar e até medicação”, afirma Zilli.
Observe os sinais
Fome emocional
■ Segundo o endrocrinologista, ela surge de repente e necessita ser satisfeita com urgência.
■ Você anseia por alimentos específicos, geralmente quitutes saborosos, como um pedaço de bolo ou batata frita.
■ Mesmo quando você já está satisfeita, deseja mais e mais alimentos… É o famoso “saco sem fundo”.
■ Após devorar um porção de coisas, sente-se culpa e até mesmo vergonha.
Fome física
■ Ela vai aumentando gradualmente e pode esperar até que você se alimente.
■ A fome física pode ser aplacada por opções saudáveis. “Uma simples maneira de perceber as duas é saber se você pode facilmente trocar um chocolate por uma maçã ou um prato de comida”, explica o endocrinologista.
■ Você come e se sente satisfeita.
■ “Comer para nutrir o corpo não faz você se sentir mal sobre si mesma”, pontua Zilli.
Saia do piloto automático
A sua fome é emocional? Renato Zilli ensina uma técnica simples para você controlar a vontade de comer que surge mesmo após as refeições. Confira:
1 – Repita para si mesma:
“Eu estou no controle”. Lembre-se de que, por mais que seja tentador pegar um chocolate, “você está sempre no controle do que faz ou come”, diz o médico. Em outras palavras, é você quem manda na vontade e não ela em você. Tenha isso em mente.
2 – Respire profundamente:
inspire e expire cinco vezes. Concentre-se no ar entrando e saindo pelo nariz, o que vai trazer você para o momento presente e mudar o seu foco. Não funcionou? Tome um copo de água, o que ajudará a dar sensação de saciedade.
3 – Identifique o gatilho:
pense no que a fez sentir vontade de comer. Podem ser situações, como problemas ou ocasiões estressantes, ou pessoas à sua volta. Identifique como percebe a situação. “Pergunte-se: estou com fome? Ou o que estou sentindo para querer comer? Não preciso comer isso! Não estou realmente com fome, então vou comer para quê?”, sugere Zilli.
4 – O que a motiva e a faz feliz?
Agora lembre-se do que tira você da cama todos os dias. Pode ser sua família, seus amigos… “É importante entender qual é o seu propósito de vida. Pense como essa escolha consciente, a de não comer o chocolate agora, por exemplo, irá impactar na sua saúde daqui a dez anos, trazendo mais prazer e felicidade”, sugere Zilli. Deixar de consumir um quitute pode, por exemplo, ajudá-la a emagrecer e ter mais saúde. O resultado? Mais disposição para ver seus filhos crescerem. Imagine isso acontecendo agora! Concentre-se em sentimentos positivos, capazes de trazer prazer e felicidade, em vez de pensar que você não entra mais naquela calça, ok?
5 – Comemore:
você escolheu não comer conscientemente, pois percebeu que se tratava de vontade de comer e não necessidade do corpo. Por isso, tem mais é que celebrar! Dê parabéns a si mesma, compartilhe a experiência com as amigas, inspirando-as também…
*UOL


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