Candidatos suspeitos de comprar votos em Feira de Santana podem ser presos

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Os dois candidatos a vereador de Feira de Santana que foram alvos de uma investigação da polícia Federal e do Ministério Público Eleitoral na manhã desta sexta-feira (30), podem ser multados, presos e ter os mandatos cassados, caso sejam eleitos. Eles são suspeitos de comprar votos e coagir eleitores.

A Polícia Federal não divulgou os nomes dos envolvidos, mas estão sendo investigados o vereador Welligton Andrade (PSDB) – que está tentando a reeleição – e o Pastor Pedro (PSC) – que está concorrendo ao pleito.

Segundo o promotor do MPE, Aldo da Silva Rodrigues, as penalidades vão depender do envolvimento dos suspeitos nos crimes denunciados. “As ações podem ser de duas formas: de natureza criminal, com pedido de prisão a depender dos crimes que sejam cometidos, como a captação ilícita de sufrágio; e de natureza civil, que demanda a cassação do registrou ou diploma, se eles forem leitos, e também a inelegibilidade deles nos oito anos seguintes”, afirmou o promotor.

Ele lembrou que os eleitores que se beneficiaram do esquema também podem ser penalizados. A Código Eleitoral prevê multa e até prisão. “A mesma pena para o candidato é para o eleitor que solicita ou recebe benesses em troca de voto”, afirmou.

Na manhã desta sexta, nove pessoas foram alvos de condução coercitiva (quando ela é obrigada a prestar depoimento) em uma delegacia. A PF também cumpriu oito mandados de busca e apreensão.

“A informação era de que o grupo do pastor estava formando listas para orações da família em troca de dados eleitorais dos fiéis da igreja. Nessa lista, eles ofereciam a benção ao fiel ou amaldiçoava o eleitor em caso de negativa de fornecer seus dados eleitorais”, contou o delegado-chefe da Polícia Federal de Feira de Santana, Fábio Marques. A situação teria ocorrido na Igreja do Evangelho Quadrangular.

Entre as nove pessoas conduzidas para a delegacia para prestar esclarecimentos estavam os dois candidatos suspeitos de envolvimento no esquema. Eles foram ouvidos e liberados. Na saída da delegacia, os dois homens foram abordados pela imprensa local e negaram envolvimento nos crimes. Ao portal Acorda Cidade, Pastor Pedro disse que estava sendo perseguido.

Segundo a polícia, no decorrer da investigação foram encontradas outras irregularidades, como a troca de títulos de eleitor por exames médicos. Nesse esquema os pacientes eram obrigados a entregar o título de eleitor se quisessem receber o atendimento médico. A ilegalidade estava sendo praticada pelos dois candidatos.

De acordo com Marques, a investigação começou cerca de um mês atrás, quando o Ministério Público Eleitoral (MPE) procurou a polícia para fazer a denúncia. O CORREIO não conseguiu contato com os candidatos investigados. (Correio)



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