‘Eu nunca deixei de votar’, diz aposentada de 89 anos em Salvador

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A aposentada Dalva Santana, de 89 anos, faz questão de comparecer às urnas neste domingo (2), do primeiro turno das eleições municipais em Salvador, mesmo que o voto de pessoas a partir de 70 anos não seja obrigatório. Ela acompanhou a filha, que votou na Universidade Católica de Salvador (Ucsal), para depois seguir para o local de votação dela.

“Eu nunca deixei de votar. Continuo votando porque acho que é obrigação e porque gosto também. Respeito muito esses dias de votação. Eu voto na faculdade de arquitetura, na UFBA (Universidade Federal da Bahia), mas estou aguardando minha filha que vota aqui na Ucsal”, disse.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o voto é obrigatório para os cidadãos brasileiros alfabetizados maiores de 18 e menores de 70 anos, e facultativo para quem tem 16 e 17 anos, para os maiores de 70 anos e para as pessoas analfabetas.

Dorival da Silva, 54, teve AVC há dois anos. Mesmo andando com muletas, saiu de longe, veio de Vilas do Atlântico para votar: " O voto tem seu valor, principalmente para gente como eu que esta desempregado." (Foto: Alex de Paula/ G1)
Dorival da Silva, de 54 anos, saiu de Vilas do
Atlântico para votar em Salvador
(Foto: Alex de Paula/ G1)

A dificuldade de locomoção também não impediu que Dorival da Silva, de 54 anos, fosse votar no Colégio Luis Viana Filho, no bairro de Brotas, na capital baiana. Ele teve AVC há dois anos e, mesmo andando com a ajuda de muletas, saiu de longe, de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas, na região metropolitana, para votar em Salvador.

“O voto tem seu valor, principalmente para gente como eu, que estou desempregado”, afirmou Dorival.

A aposentada Eliana Conceição, de 58 anos, chegou meia hora após a abertura dos portões, às 8h30, para votar na Universidade Católica de Salvador, em Brotas. Ela também anda com ajuda de moletas e relata que teve dificuldade para localizar o local de votação.

“Estou há 10 minutos rodando para achar a seção. Mudaram ela de lugar e estão informando agora. Não sei onde está minha sala. As informações não correspondem, na lista está escrito de um jeito e coordenadores informam de outro jeito. Transferi o título para facilitar e acabou dificultando. É muito difícil subir a escada, que é de madeira, escorrega e ainda tem um monte de gente para lá e para cá. Eu tive aneurisma há 24 anos e fiquei com hemiparesia (paralisia) do lado esquerdo. Resolvi votar para ficar com a consciência limpa”, diz a aposentada.

Miriam de Souza foi votar mesmo usando muleta (Foto: Natally Acioli/ G1 BA)
Miriam de Souza foi votar mesmo usando muleta
(Foto: Natally Acioli/ G1 BA)

A dona de casa Miriam Santos de Souza, de 48 anos, que está andando com o auxílio de muletas por conta de uma queda recente, também relatou dificuldade para se locomover na Ucsal.

“Achei um absurdo não ter um elevador numa faculdade desse nível. Estou de muletas porque cai da escada e tirei o gesso na terça. Para exercer meu direito, vim votar assim mesmo”, conta.

Ela diz que não conseguiu ajuda e teve que subir as escadas sozinha. Nessas eleições espero que gere mais emprego, que melhore a saúde, que diminua violência, que tenha mais escolas e que tenha um plano de trabalho para os adolescentes terem mais empregos”, declarou. (G1 Bahia)

 

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