Destaque no triátlon, baiano pode disputar Mundial três anos após começar no esporte

IMAGEM_NOTICIA_5No triátlon baiano, uma promessa vem se destacando. Trata-se de Bruno Vieira, bicampeão baiano da categoria Júnior na modalidade. Aos 19 anos, ele também lidera o ranking brasileiro em sua idade e já planeja a classificação para o Campeonato Mundial, no fim do ano.

Para conseguir o feito, ele primeiro irá disputar o Pan-americano Júnior da modalidade. Caso fique entre os 15 primeiros colocados, sua vaga já estará garantida. Num treinamento para o torneio, Vieira disputará o Campeonato Europeu, no dia 10 de abril, na Espanha. No entanto, o atleta garante que é apenas um “treinamento” para chegar afiado no Pan-Americano.

“A prova principal é o Pan-americano Júnior. Meu objetivo é ficar entre os 15 primeiros e, assim, eu conseguirei uma vaga para o Mundial Júnior. Mas se tudo der certo, eu fico entre os 10 e ganho e continuo com o Faz Atleta [programa de patrocínio do Governo do Estado] para atletas internacionais’, disse Bruno, em entrevista ao Bahia Notícias.

Em janeiro, ele foi o 12º colocado no Sul-Americano da categoria, tendo sido o segundo melhor brasileiro na classificação. As suas conquistas se tornam mais importantes após o atleta revelar que começou sua carreira no esporte apenas em 2013, após ter deixado somente a natação e passado a conhecer o ciclismo e a corrida.

“Eu nunca fui um nadador de tempos excepcionais. Aqui em casa minha mãe sempre exigiu que fizéssemos uma atividade física. Mas teve um período que eu parei com a natação. Procurei uma atividade diferente. Aí meu irmão me deu a dica do triátlon. Comecei só por saúde. Então, eu vi que podia levar a sério. Em 2013 comecei a competir”, explicou.

vieira

Matriculado no curso de Educação Física da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Vieira ainda não sabe como conciliará a vida de estudos na faculdade com o esporte. No entanto, relembrou como fazia isso tudo na escola.

“Desde o 2º ano eu já tinha essa rotina. A escola apoiava bastante. Eu fazia 2ª chamada de graça. No 3º ano, eu sempre chegava atrasado, mas os professores já estavam cientes. ‘Na competição você é sempre o primeiro a chegar e aqui é o ultimo’, falavam os funcionários brincando comigo. Tenho muito que agradecer à galera do Oficina, onde eu estudei”, disse.

O atleta não tem muitas reclamações para fazer em relação à estrutura de treinamento, mas mostra uma “chateação” com algumas questões pontuais.

“Pra treinamento a gente tem um problema principalmente com a parte do ciclismo. Tem que acordar muito cedo. Acordo quase 3h30 da manhã quando treino com a bicicleta. Com a Magalhães Neto melhorou um pouco. Mas, mesmo assim, temos poucos lugares para treinar”, desabafou. Quando vai correr, ele também tem dificuldades com o calçamento. “Com a nova reforma da orla, fiquei um pouco chateado. Eles botaram concreto. É muito ruim para um atleta profissional, pois esse piso não absorve muito impacto”, desabafou.

Para a sequência da carreira, seus projetos são maiores. “Ano passado fui sétimo no Sul-Americano e esse ano não fui tão bem como o esperado. Eu quero conseguir essa vaga pro Mundial, ser campeão brasileiro e vamos tentar a recuperação no Baiano. Eu passei mal na primeira prova e só participei de uma etapa”, finalizou. (Bahia Notícias)



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