Árbitros de campo e do VAR de Brasil e Argentina são suspensos por “erro grave” em lance de Otamendi

Foto: reprodução

A Conmebol decidiu suspender por tempo indeterminado o árbitro uruguaio Andrés Cunha e o assistente de vídeo – também do Uruguai – Esteban Ostojich, que trabalharam no empate por 0 a 0 entre Argentina e Brasil, na terça-feira, em San Juan.

A entidade do futebol sul-americano considerou que houve “erro grave” na ausência de punição a Otamendi pela cotovelada em Raphinha, na primeira etapa. O árbitro da partida nem marcou falta. Na revisão, Ostojich considerou o lance faltoso, mas para cartão amarelo, pela “intensidade média do golpe”.

Andrés Cunha seria o árbitro de vídeo na final da Copa Sul-Americana, entre Athletico e Bragantino, sábado, no Uruguai. Com a suspensão, ele dá lugar ao também uruguaio Leodan González.

O anúncio por parte da confederação ocorreu pouco depois da divulgação do vídeo com os bastidores da atuação do VAR no lance. A CBF já havia prometido fazer representação contra o árbitro, como adiantou o ge após a partida.

Na nota desta quarta, a Conmebol considera que houve “conduta violenta do jogador n°19 Nicolás Hernán Gonzalo Otamendi (ARG), contra um adversário, colocando em risco a integridade física do mesmo com uso do braço no rosto.” Diante disso, a Comissão de Árbitros da Conmebol suspendeu os árbitros Andrés Cunha e Esteban Ostojich “por tempo indeterminado no exercício de suas funções” em competições organizadas pela Conmebol. Os árbitros já foram notificados.

O vídeo mostra que, inicialmente, o assistente de campo afirma que a jogada foi normal, indicando que Raphinha se chocou com as pernas de Otamendi na disputa de bola. Enquanto a confusão entre os atletas ocorre em campo, o VAR revisa o lance sob o comando de Esteban Ostojich. Após alguns segundos, o assistente de vídeo chega à conclusão de que houve falta, mas que a punição devida seria apenas um cartão amarelo por “uso indevido do braço dentro do limite”.

“Eu considero que aqui o golpe é com o antebraço no rosto, com intensidade média. Sim, no rosto. Isto me parece que é falta, para cartão amarelo. Não considero cartão vermelho.”— Esteban Ostojich, chefe do VAR em Argentina x Brasil.

O diálogo completo do VAR em Argentina 0 x 0 Brasil

VAR 2: – Cuidado com a cara.
ASSISTENTE: – Toca na perna. Para mim, não há golpe. Veja pela dúvida.
VAR 2: – Cuidado com a cara.
ASSISTENTE: – Não vejo golpe.
VAR 1: – Com o antebraço na cara. Me dê velocidade normal, quero ver a intensidade.
ÁRBITRO: – Estão checando.

VAR 1: – Quero ver a intensidade.
VAR 2: – Repita com close.
VAR 1: – Velocidade normal.
VAR 1: – É com o antebraço. Marcou falta ao menos?
VAR 2: – Não.
VAR 1: – Siga.
VAR 1: – Eu considero que aqui é golpe com o antebraço no rosto, com intensidade média. Sim, no rosto. Isto me parece que é falta para cartão amarelo. Não considero para cartão vermelho, Ale. Estamos de acordo?
VAR 2: – Estamos de acordo.
VAR 1: – Andrés, checagem completa. Uso de braços indevido dentro do limite. Checagem completa.
ÁRBITRO: – OK, está claro.
OPERADOR VAR: – Acabamos?
VAR 1: – Sim, obrigado Santiago. E é fora da área.
VAR 1: – Me dê mais 10 segundos, por favor. Volte atrás.
VAR 2: – Espere, não recomece. Espere.
VAR 1: – Aí, me dê se é dentro ou fora.
VAR 2: – É fora.
VAR 1: – Mas vamos confirmar. É fora, é golpe fora. Vamos, siga, siga.

Fonte: Ge



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