Engenheiro deixa emprego em multinacional para criar pipoca gourmet em Salvador

RTEmagicC_laspalomitas01.jpgEngenheiro eletricista e funcionário de uma multinacional, Bráulio Barreto, 28 anos, resolveu largar tudo para abrir um negócio em Salvador. Cansado da rotina de viagens por várias cidades, o jovem empreendedor viu no ramo de alimentos a possibilidade de empreender com a pipoca gourmet.

“Passei por quatro estados enquanto estava no Grupo Votorantim e queria voltar para Salvador. Em outras cidades eu via muito esse tipo de produto e como nunca tinha visto algo parecido por aqui pensei que poderia ser um bom negócio”, explica o empreendedor.

Como teste, Bráulio participou do Empretec, seminário desenvolvido pelo Sebrae que busca potencializar o perfil empreendedor que existe em cada participante. Lá, ele experimentou a ideia das pipocas gourmets e resolveu colocar em prática.

Sozinho, Bráulio criou as Las Palomitas (pipocas em espanhol) em dezembro de 2014. Hoje, sediado em uma cozinha industrial no bairro de Nazaré, ele conta com a ajuda de outras quatro pessoas para tocar o negócio, que produz a pipoca doce nas opções Chocolate, Caramelo Mascavo, Caramelo Macadâmia e Leite em Pó.

O engenheiro embala e distribui o produto para revenda, abastece seu ponto de venda que fica dentro do Shopping Itaigara e, ainda, atende eventos por encomenda.

Investimento em imagem
Para começar ele não pediu empréstimo e não contou com a ajuda financeira de ninguém. Usou recursos próprio que ele juntou ao longo da vida profissional. Ainda segundo Bráulio, a maior parcela de investimento foi feito em imagem do produto.

“Eu queria que o produto tivesse uma cara de que fosse produzido por uma grande empresa. Tem pessoas que chegam aqui e perguntam se é uma franquia. Contratei uma empresa de marketing que trabalharam a imagem do produto. Montaram desde a apresentação em fotos profissionais e marca, até o monitoramento nas redes sociais”.

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Em seguida, o investimento foi feito em equipamentos de cozinha, como forno e fogão industrial. “Sempre fui adequando à minha demanda. Nunca comprei mais do que precisa para produzir. Nos início deste ano, nós fomos para a cozinha industrial”. Por último, o investimento foi novamente para a apresentação do produto. “Antes usávamos uma embalagem mais simples, um pacotinho. Hoje temos uma latinha especial”, explica.

Expansão e desafios
Para este ano, Bráulio vai enfrentar o desafio de expandir o negócio com apenas um ano presente no mercado. Agora, o objetivo é dominar a pipoca gourmet salgada. Para isso, ele vai receber o apoio financeiro do Sebrae Bahia através do Programa Sebraetec Diferenciação – iniciativa que oferece até 80% do valor total do projeto, como subsídio, para ser posto em prática.

“O próprio mercado começou a cobrar sabores diferentes e trouxe essa motivação para eu pesquisar. Fazíamos testes, mas nunca chegamos no produto. Com o apoio do Sebrae, vamos atingir esse público”, diz.

Para Leandro Barreto, gerente da Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia do Sebrae Bahia, o negócio de Bráulio é semelhante ao das paletas mexicanas que chegam a custar R$10, enquanto um picolé tradicional é R$2.

“O valor agregado à pipoca era muito baixo. A atividade de pipocas está avançando nesse sentido e ele precisava gerar valor ao produto, criando a pipoca gourmet salgada. A doce suporta muito mais, mas quando aplica alguns sabores salgados ela reage e perde a crocância. Foi um processo amplo de pesquisa para ele desenvolver a tecnologia necessária para isso”, comenta.

“Eu já fabricava a pipoca gourmet, mas apenas a linha doce. Sempre quis ter esse diferencial do gourmet salgado. O Sebraetec foi uma oportunidade de ter uma experiência e know-how de especialista para me ajudar a produzir um produto com apelo gastronômico e de duração para poder comercializar. Além de obter novas práticas, ainda vou atender a um público que eu não tenho”, comemora o empreendedor.

Além de criar novos sabores e conquistar um novo perfil de clientela. Bráulio que chegar a outras praças comerciais e começar a distribuir seu produto para outros estados. (Correio)



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