Com alta de preços, itens da ceia de Natal ficam mais caros

Com alta de preços, itens da ceia de Natal ficam mais caros
Foto: Samuel Maciel / CP

Com a chegada de fim de ano movido a confraternizações e festejos, os consumidores tendem gastar um pouco mais na hora de celebrar, principalmente com itens que compõem a ceia natalina. Porém, a inflação alta ainda segue sendo um obstáculo para o orçamento das famílias soteropolitanas. Os consumidores seguem em busca de estratégias para as compras de fim de ano. Nos supermercados da capital baiana, produtos como panetone tradicional fica entre R$ 11,00 a R$ 30,00, já o cobiçado queijo do reino e peru, atinge a marca dos R$ 90 a R$ 130,00.

Segundo um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas (FGV), alguns dos principais itens da Ceia de Natal apresentaram menor variação no acumulado dos últimos 12 meses de 5,39%, de dezembro do ano passado a novembro deste ano. Comparado com o ano passado entre dezembro de 2019 a novembro de 2020, quando a inflação do Natal ficou em 13,51%, no entanto subiu mais em relação aos anos de 2019 (3,81%), 2018 (3,37%) e 2017 (-2,30%).

De acordo com o órgão, o que mais impulsionou a inflação foi o aumento dos alimentos, com variação média de 7,93% de dezembro do ano passado a novembro de 2021; bem menor que no mesmo período do ano anterior (28,61%). Nos últimos 12 meses, o frango inteiro disparou em 24,28% e está no topo da lista dos itens que mais pressionam o bolso, seguido de ovos (17,79%), azeitona (15,13%), carnes bovinas (14,72%) e farinha de trigo (13,70%).

O economista e pesquisador do FGV- IBRE, Matheus Peçanha, destaca que alguns reflexos de problemas climáticos e alta nos preços dos combustíveis são os fatores principais para o aumento dos produtos.

“Os problemas de condição climática que sofremos desde o ano passado, como secas e geadas, acabaram influenciando neste aumento, e mesmo com as chuvas decorrentes em algumas regiões, o resultado não será de imediato nessas produções. Temos também a alta nos preços dos combustíveis e o câmbio alto, favorecendo a exportação das carnes, o que contribuiu para manter os preços das proteínas em crescimento”, explica o economista.

Para a dona de casa Hilda Santos, esse ano está difícil em fazer uma mesa natalina com todos os produtos que ela costuma adquirir nesta época. “Gosto muito do período natalino, porém as coisas para fazer a famosa ceia estão puxadas. Tem que pesquisar muito para tentar comprar algo em conta e de boa qualidade. O jeito é substituir alguns itens ou então deixar nas prateleiras.”

Principais produtos em alta

Frango inteiro 24,28%; Ovos: 17,79%; Azeitona 15,13%; Carnes bovinas 14,72%; Farinha de trigo 13,70%; Azeite 13,26%; Bacalhau 9,0%; Vinhos 7,5%; Lombo suíno 4,36%.

Fonte: Tribuna da Bahia



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