“Essa criança é vítima da família dela”, diz Varela sobre menino de 10 anos morto por PMs em São Paulo

Foi enterrado em São Paulo na tarde de sábado (4), o menino Italo de 10 anos, que foi morto a tiros por policiais militares após furtar um carro e bater o veículo na Zona Sul de São Paulo na última quinta-feira (2). Ele estava acompanhado de um colega de 11 anos no momento do crime. A corregedoria da PM abriu inquérito administrativo para apurar o caso e saber se o menino foi executado pelos policiais após já estar rendido.

O garoto de 11 anos que acompanhava Italo prestou depoimento duas vezes e mudou a versão do que disse. No primeiro relato ao delegado durante a madrugada do crime, na presença da mãe, o menino teria dito que Italo atirou duas vezes na polícia, num primeiro momento, e que depois de bater o carro, disparou de novo antes de ser atingido.

No segundo relato, o menino disse que Italo disparou três tiros durante o trajeto, mas que não disparou após bater o carro. Neste momento, os policiais atiraram nele, matando o menino.

A morte do menino pelos policiais gerou repercussão nacional. Repercutindo o caso, o apresentador Raimundo Varela comentou na manhã desta segunda-feira (6) sobre casos de crianças envolvidas com a criminalidade, e apontou a responsabilidade dos pais neste tipo de conduta, além do meio onde a criança vive. Leia o comentário na Integra.

“Doutor, acorda pra vida. Aqui, Maurício, nosso Secretário de Segurança Pública outro dia deu uma entrevista aqui no rádio e falou de meninos de oito, nove, dez, onze, doze anos assaltando e matando. E é assim. ‘Ah mas não pode…’ Não pode, então leva o pai, leva a mãe porque não educou. A responsabilidade é paterna. O problema é sério, o cara faz o filho e entrega ao mundo. Aí o bandido, o traficante, adota no dia seguinte. Você vê a juventude brasileira, acabaram com a marinha, o exército, a aeronáutica e a meninada está no crime. Vamos parar com conversa fiada. Essa criança não é vítima não, essa criança é vítima da família dela. Do pai que é um assaltante, do pai que é traficante, da mãe que era ladra. Marginal pra ele somos nós. Aí a prova é inequívoca que o homem é o produto do meio em que vive, salvo algumas exceções. Fui criado no subúrbio, um menino pobre, mas nunca conheci essa bandidagem no subúrbio. Ninguém matava ninguém, ninguém roubava ninguém. Hoje é o chefe do tráfico que está com a metralhadora na mão e você tem que pedir licença pra entrar lá (…) E esse país dormindo em berço esplêndido”.

*Varela notícias



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