Com depressão e sem receber salário, professora escreve carta e comete suicídio

A professora Jucélia Almeida, 45 anos, do Colégio Estadual Governador Augusto Franco, localizado no bairro Santos Dumont, em Aracaju (SE), cometeu suicídio. O corpo da professora foi encontrado dentro de sua residência na tarde do último domingo (03/07).

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Segundo relatos dos familiares, a professora licenciada em história voltou a lecionar e não recebeu por vários meses a gratificação por regência de classe, ocasionando problemas de depressão e cardiovasculares. Jucélia apresentava atestados médicos para a diretora do Centro de Referência Severino Uchoa, penúltima escola em que lecionou, mas eram tratados com desdém.

Com o agravamento do quadro de saúde da professora, até os médicos peritos da Secretaria de Estado do Planejamento Orçamento e Gestão (SEPLAG) emitiram uma licença de 60 dias para tratamento de saúde após o sindicato da categoria intervir, pois inicialmente havia sido negado, a professora teve o seu salário cortado completamente durante dois meses. Ela chegou à recorrer aos familiares para manter o sustento básico. Em junho, a professora voltou a trabalhar com a expectativa de receber seus vencimentos que não vieram. Jucélia escreveu uma carta relatando os problemas que enfrentou por um ano e cometeu suicídio. Jucélia deixou uma filha de 21 anos.

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese) informou que disponibilizará o seu departamento jurídico à família da professora Jucélia Almeida para interpor as ações judiciais cabíveis contra o Estado de Sergipe e contra os envolvidos diretamente.

*Jornal de Sergipe



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