A família da advogada Tatiane Spitzner, achada morta depois de cair do 4º andar do prédio onde morava em Guarapuava, na região central do Paraná, criou, no Facebook e no Instagram, o perfil “Todas por Tatiane Spitzner” para incentivar a luta de mulheres contra o feminicídio.
O marido de Tatiane, o professor universitário Luis Felipe Maivailer, está preso suspeito de matá-la. Imagens de câmeras de segurança do prédio mostram ele agredindo a esposa minutos antes de ela cair da sacada do edifício onde moravam.
Até a manhã deste domingo (5), o perfil “Todos por Tatiane Spitzner” no Facebook tinha 24,3 mil curtidas. No Instagram, o número de seguidores do perfil chegava a quase 70 mil.
Nas postagens, a irmã de Tatiane, Luana Spitzner, conta um pouco da história da advogada e incentiva mulheres a denunciar violências física e psicológicas.
A queda de Tatiane foi na madrugada do dia 22 de julho, no Centro. Conforme a Polícia Civil, depois da queda, Luis Felipe recolheu o corpo de Tatiane e o levou de volta para o apartamento.
O marido foi preso após sofrer um acidente de carro na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, a 340 quilômetros de Guarapuava.
Ele foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio qualificado, motivo torpe, uso de meio cruel que impossibilitou a defesa da vítima e condição do sexo feminino (feminicídio), além do furto do carro da vítima. Ela nega as acusações e diz que a esposa se jogou da sacada.
O casal estava junto havia cinco anos e era “feliz”, de acordo com a defesa do marido. O Ministério Público (MP-PR), porém, diz que Tatiane vivia em um relacionamento abusivo. A família da vítima relatou que ela queria o divórcio.
Conversas por WhatsApp de Tatiane com uma amiga mostram como estava a relação dela com o marido. Nas mensagens, entre março e junho deste ano, a advogada relata sentir “medo” e diz que Manvailer tem “ódio mortal” por ela.
O MP-PR tem até segunda-feira (6) para denunciar Luis Felipe à Justiça.
*G1