“O estado não tem que ser empresário”, diz presidente da Caixa sobre privatização

Daniella assumiu a presidência da Caixa Econômica Federal em julho deste ano

Nesta terça-feira (18), a atual presidente da Caixa Econômica Federal, ​Daniella Marques, afirmou que a instituição não deve entrar no rol de empresas estatais a serem vendidas para o setor privado caso o atual presidente Bolsonaro (PL) seja reeleito. Caixa não tem planos de participar das privatizações.

“Privatizar é bom porque quanto mais competição, mais você amplia a concorrência. Com mais gente concorrendo, você consegue o menor preço para o consumidor. O Estado não tem que ser empresário, não tem que estar no setor privado, porque ele não vai ser o mais eficiente quando houverem empresas privadas para competir. O ambiente bancário já é competitivo e nossa evolução foi voltada para a digitalização com iniciativas como o pix. Fazer a privatização da Caixa não vai resolver, mas o que pode é abrir espaço para a concorrência digital. Nosso plano é continuar a democratizar o acesso ao crédito e apoiar parcerias público-privadas, dando crédito para micro e pequenas empresas, que geram a maior parte dos postos de trabalho no Brasil”, disse Daniella.

Sobre o desempenho econômico brasileiro, a presidente da Caixa avaliou de forma positiva e creditou a equipe formada por Paulo Guedes pela recuperação do país.

“Estamos no terceiro mês de deflação e isso tem respingo na atividade econômica. Não tem bala de prata, mas sim um conjunto de ações com modelo de equilibro geral. Tivemos avanço institucional com o Banco Central independente, BNDES técnico e Caixa técnica, ajudando o micro e o pequeno. Tivemos marcos regulatórios em água, gás e internet, tudo com um modelo de contratação de investimento. Por outro lado, temos medidas para preservar as empresas. O estado estava grande demais. O que gera crescimento hoje com qualidade é a geração da emprego”, indica.

Daniella ressaltou que o Brasil conta com um grande número de trabalhadores informais e que a Caixa tem um papel fundamental para atuar neste vácuo e ajudar com orientação e digitalização.

“Durante a pandemia, conseguimos bancarizar R$ 38 milhões de pessoas. Também temos muitas pessoas que não são nem informais, nem conseguem acessar o crédito. A Caixa tem o social como missão e podemos dar educação na base. Queremos não só dar crédito, mas orientar e ajudar na jornada de formalização”, complementou.

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