Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil aumentou para 8,6% no trimestre móvel fechado em fevereiro.
Em comparação ao trimestre anterior, entre setembro e novembro, houve um aumento de 0,5 ponto percentual (8,1%) na taxa de desocupação. Apesar disso, esse resultado representa a menor taxa para o trimestre dezembro-janeiro-fevereiro desde 2015 (7,5%). No mesmo período de 2022, a taxa de desemprego era de 11,2%.
O número absoluto de desocupados aumentou 5,5%, atingindo 9,2 milhões de pessoas. Isso representa um acréscimo de 483 mil pessoas em relação ao trimestre anterior. No entanto, em relação a 2022, houve uma queda de 23,2%, o que equivale a 2,8 milhões de trabalhadores.
Já o total de pessoas ocupadas teve um recuo de 1,6% contra o trimestre anterior, passando para 98,1 milhões de brasileiros. Deixaram o grupo cerca de 1,6 milhão. Na comparação anual, houve crescimento de 3%.
Segundo o IBGE, o mercado de trabalho parece estar voltando à normalidade, depois do impulso de recuperação após a desorganização durante a pandemia.
“Esse aumento da desocupação ocorreu após seis trimestres de quedas significativas seguidas, que foram muito influenciadas pela recuperação do trabalho no pós-pandemia. Voltar a ter crescimento da desocupação nesse período pode sinalizar o retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho”, diz Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
“Se olharmos retrospectivamente, na série histórica da pesquisa, todos os trimestres móveis encerrados em fevereiro são marcados pela expansão da desocupação, com exceção de 2022”, afirma.