Lula prevê crescimento na economia do país em mais de 2,5% ainda este ano

O presidente Lula expressou sua confiança na recuperação econômica do Brasil ao afirmar que a economia do país pode crescer mais de 2,5% este ano. Lula destacou que está convencido de que o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos nacionalmente, irá superar as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que previam um crescimento de 0,9%.

O presidente atribui essa expectativa otimista às políticas adotadas pelo governo para estimular a circulação de dinheiro nas mãos da população. Segundo Lula, tais medidas visam impulsionar o consumo e fomentar o crescimento econômico do país.

“Nós vamos crescer acima de 2%, de 2,5%, e se acontecer o que eu estou pensando, podemos até crescer um pouco mais, porque a primeira coisa que nós fizemos foi retomar todas as políticas sociais que estavam funcionando corretamente. Ou seja, políticas sociais que vão irrigando dinheiro na base deste país, para o pequeno produtor, para o pequeno empreendedor, para as pessoas do Bolsa Família, para as pessoas que estão na Previdência Social esperando na fila para se aposentar. Ou seja, esse dinheiro começou a voltar, inclusive voltar o dinheiro para a cultura”, disse o presidente em entrevista à rádios de Goiás, na manhã desta quinta-feira.

O presidente voltou a criticar o atual patamar da taxa básica de juros, conhecida como Selic, e reforçou a necessidade de sua redução para impulsionar o crescimento econômico do Brasil. A Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central (BC) para alcançar a meta de inflação, influenciando os preços, uma vez que taxas mais altas encarecem o crédito e estimulam a poupança, buscando evitar uma demanda aquecida.

Em março de 2021, o BC iniciou um ciclo de aperto monetário, aumentando gradualmente a taxa básica de juros em resposta ao aumento nos preços de alimentos, energia e combustíveis. Essa elevação levou a Selic ao seu maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano.

Lula expressou seu descontentamento com a decisão do governo em manter a Selic em um patamar elevado. Ele argumenta que a redução da taxa de juros é necessária para impulsionar o crescimento da economia brasileira, uma vez que juros mais baixos podem estimular o consumo e os investimentos, além de tornar o crédito mais acessível.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) também reduziu sua previsão de crescimento para a economia brasileira, prevendo um resultado de apenas 0,9% este ano, abaixo da média mundial e da média dos países da América Latina e Caribe. Essa redução na projeção do FMI reforça a preocupação com a necessidade de medidas que estimulem o crescimento econômico do país.

A divergência de opiniões entre o governo federal e o Banco Central sobre a política monetária reflete a complexidade do cenário econômico atual. Enquanto o governo busca uma redução dos juros para estimular o crescimento, o Banco Central tem como objetivo controlar a inflação e garantir a estabilidade econômica.

“Não tem explicação, nesse país, uma taxa de juros a 13,75% [ao ano] com inflação a 4,5%. Nós não temos inflação de demanda, o povo não está comprando, nós temos 72% da população brasileira endividada”, disse, ao se referir ao programa Desenrola, lançado pelo governo para a renegociação de pequenas dívidas da população.

“Para as pessoas que estão endividadas voltarem ao mundo do comércio, de poder comprar outra vez. Elas estão endividadas no cartão de crédito porque comparam comida, então nós temos que tentar ajudar essa gente”, acrescentou Lula.



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