Mais caro que o frango, preço do ovo tem aumento de 20% em 12 meses

Imagem: reprodução

O preço do ovo de galinha teve a maior alta em uma década no Brasil, subindo mais de 20%, nos últimos 12 meses. Esse aumento é sete vezes maior que a inflação oficial do país, que hoje está em torno de 3%.

O alimento é considerado uma opção coringa no cardápio dos brasileiros devido à sua versatilidade, mas o aumento de preço está pesando no bolso dos consumidores.

De acordo com o levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o preço do ovo de galinha subiu cerca de 23% em um ano . Enquanto isso, as carnes e o frango ficaram mais baratos no mesmo período, com reduções de aproximadamente 6,73% e 3,94%, respectivamente.

Em períodos de inflação elevada nas carnes, como ocorreu nos últimos anos, o ovo costuma ser visto como um substituto mais barato de proteínas. Quando há maior demanda pelo produto, a tendência é de pressão sobre os preços.

O economista Lucas Dezordi, professor da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), também avalia que a carestia do ovo está relacionada com questões como a oferta menor e o aumento dos custos de produção após a pandemia e a Guerra da Ucrânia. Ele, porém, projeta que os preços devem ter “acomodação” ou até queda nos próximos meses.

O motivo, segundo Dezordi, é o recuo recente das cotações de insumos usados na produção de ovos, incluindo o milho, base da alimentação das galinhas.

Esse alívio já se reflete em outros alimentos pesquisados no IPCA, como a maior parte das carnes. Peito (-10,50%), fígado (-10,09%), paleta (-9,22%) e alcatra (-9,09%) são os cortes bovinos com as maiores quedas no acumulado de 12 meses do índice de inflação.

O frango em pedaços (-3,94%) e o frango inteiro (-0,98%) também tiveram redução de preços no período.

“Mesmo com o aumento de 22,93%, o ovo é uma proteína mais barata se comparada às carnes, principalmente a bovina. Esse aumento ainda pega muito do início do ano”, afirma Dezordi.



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