Quase R$ 10 bilhões em dívidas foram renegociadas no primeiro mês do programa Desenrola, diz Febraban

Imagem: reprodução/Brasil empreendedor

Os bancos no Brasil já renegociaram 1,5 milhão de contratos em um período de um mês, desde o início da implementação do programa Desenrola Brasil. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou esses números nesta terça-feira (22).

De acordo com a Febraban, o montante negociado foi de R$ 9,5 bilhões, concentrado principalmente na Faixa 2 do programa. Essa faixa tem como objetivo resolver as dívidas de pessoas físicas que possuem débitos negativados até 31 de dezembro de 2022 e uma renda de até R$ 20 mil.

O total de beneficiados chega a aproximadamente 1,1 milhão de clientes. A adesão a esse programa estará disponível até dia 31 de dezembro deste ano.

O programa “Desenrola Brasil” foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi concebido para realizar um mutirão de renegociação de dívidas de pessoas físicas. O cerne da iniciativa é remover indivíduos das listas de inadimplência e restabelecer o potencial de consumo da população. A Febraban também informou que as instituições financeiras eliminaram os registros de cerca de 6 milhões de clientes que tinham débitos bancários de até R$ 100. Isso se configurou como uma ação recíproca pela participação dos bancos no programa.

Essa ação resultou na remoção do histórico negativo desses indivíduos nos sistemas de avaliação de crédito, desde que não possuíssem outras dívidas pendentes. Inicialmente, o Ministério da Fazenda estimou que cerca de 1,5 milhão de pessoas seriam beneficiadas por essa medida, mas essa meta foi superada já na primeira semana do programa Desenrola.

Importante ressaltar que a desativação das negativações não implica em perdão da dívida. O subsídio continua existindo, porém, os bancos se comprometem a não incluir os devedores nas listas de inadimplência. A Febraban também destacou que cada banco tem sua própria estratégia de negócios e adotar políticas distintas para adesão ao programa.

Em nota, a federação declarou: “As condições para a renegociação das dívidas nessa fase serão variáveis ​​e ficarão a cargo de cada instituição financeira que optar por aderir ao Programa”.



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