“Estão fazendo barbaridades em nome da democracia”, diz Bolsonaro sobre possibilidade de prisão

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Operação Tempus Veritatis. da PF realizou buscas na casa de Bolsonaro em Angra dos Reis – Foto: José Cruz/ Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu em sua casa em Angra dos Reis, na manhã desta quinta-feira (8), a visita de agentes da Polícia Federal no âmbito da Operação Tempus Veritatis. Em entrevista à coluna Grande Angular, de Lilian Tahan e Isadora Teixeira, ele se mostrou perplexo com a ação e disse que ainda tenta entender por que foi alvo da busca e apreensão, assim como o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.

Bolsonaro negou sentir medo de ser preso e criticou a operação da PF, afirmando que ela representa um ataque à democracia brasileira.

“Hoje em dia não é medo. Hoje tudo pode acontecer com qualquer pessoa no Brasil. Em nome de salvar a democracia, estão fazendo barbaridades.”

A operação investiga uma suposta organização criminosa que teria atuado para tentar subverter o resultado das eleições presidenciais de 2022 e manter Bolsonaro no poder. Entre os alvos da ação estão o próprio ex-presidente, Valdemar da Costa Neto e outros aliados de Bolsonaro.

Bolsonaro questionou como uma tentativa de golpe de Estado poderia ter acontecido “sem que um soldado fosse movimentado”. Ele também criticou a prisão de seu ajudante de ordem, Marcelo Câmara, alegando que ele não tem foro especial e que a investigação deveria ser conduzida pela Justiça comum.

“O foro para investigar tudo isso não é do Supremo. O Marcelo Câmara, que foi preso hoje, não tem foro especial. Nenhum de nós tem foro especial”, disse Bolsonaro.

A Operação Tempus Veritatis está em andamento e ainda não há um resultado final. A expectativa é que a investigação possa esclarecer se houve ou não uma tentativa de golpe de Estado e quem são os responsáveis por ela.

A operação da PF teve grande repercussão no cenário político brasileiro. Aliados de Bolsonaro criticaram a ação, enquanto a oposição a considerou necessária para defender a democracia. A investigação deve continuar a gerar debate e polêmica nos próximos meses.



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