Recorde histórico com mais de 3 mil incêndios no Pantanal

Foto: Reprodução

Há mais de um mês, o Pantanal enfrenta uma devastadora onda de incêndios, sem perspectiva de alívio. Nos primeiros 16 dias de novembro deste ano, o bioma registrou um recorde histórico de 3.098 focos de incêndio, superando os 2.328 contabilizados no mesmo período em 2002.

Comparado ao mesmo período de 2022, o aumento nas queimadas é alarmante, ultrapassando 1.400%, de acordo com o monitoramento do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), conforme informações da Agência Brasil.

As condições climáticas adversas, caracterizadas pelo tempo seco e uma intensa onda de calor, têm propiciado a propagação desenfreada dos incêndios, causando danos irreparáveis à vegetação e à fauna local.

Na última quarta-feira (15), as chamas chegaram a invadir a rodovia Transpantaneira, sendo contidas pelas equipes de brigadistas, evitando que atingissem as residências próximas.

Diante da gravidade da situação, os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estados que abrigam o Pantanal, decretaram estado de emergência na região norte do bioma.

A origem dos incêndios permanece sob investigação, e especialistas estão analisando se foram iniciados devido a descargas elétricas ou ações humanas. O climatologista Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, ressalta a dificuldade em determinar a causa, destacando a possibilidade de atividades criminosas, semelhante ao ocorrido em 2020, quando muitos incêndios foram resultado de ações deliberadas para destruir a vegetação.



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