Gabriel Paulo Pereira, 31 anos, foi preso acusado de assaltar passageiros de um ônibus em Salvador. Na viatura, o homem teve uma crise de abstinência e ficou muito nervoso. A preocupação dele era apenas uma: o cigarro.
— Eu vou repetir tudo toda hora, é? É fita, é? Eu tô nervoso, tô doido para fumar um cigarro. Eu quero fumar um cigarro, eu quero fumar um cigarro, irmão. Eu tô nervoso, velho. Eu quero fumar só um cigarro normal, que venda na banca de revista… (sic).
Visivelmente alterado, Gabriel não se preocupava com a possibilidade de ir para o presídio cumprir pena por roubo.
—Eu tô aqui nervoso…Eu tô nervoso…Eu quero saber de presídio, pelo amor de Deus!?
O jovem é acusado de cometer o mesmo tipo de crime na avenida Bonocô e em outras regiões da cidade de Salvador. Com ele, os policiais apreenderam uma faca e o aparelho celular de uma suposta vítima. Gabriel nega a acusação.
— Eu não fui pego com nada. A viatura entrou dentro do ônibus e me enquadrou; me viu com isso (faca) na cintura e disse que eu ia roubar o ônibus, mas eu não ia roubar ônibus nenhum não. Ele só me revistou e achou isso aí. (sic)
Questionado sobre a dependência química, Gabriel retrucou afirmando que o cigarro não é droga.
—Droga não, cigarro normal. Se fosse droga era proibido. Como é que é droga se vende na rua?
O homem está detido na carceragem do GERCC (Grupo de Repressão a Roubos em Coletivos), onde permanecerá à disposição da Justiça.
