A Polícia Militar completou 192 anos na última sexta-feira (17/2). Porém, em 2017, a corporação não tem motivos para comemorar. Isso porque seis de seus integrantes foram brutalmente assassinados em várias partes da Bahia.
O caso que mais ganhou repercussão aconteceu em Bom Jesus da Lapa, no Oeste. Os soldados Gilberto Lemos Silva Júnior, 28 anos, e Everton Oliveira de Santana, 26, foram sequestrados e mortos por assaltantes de banco no momento que tentavam impedir o roubo no final da noite de um domingo, 22 de janeiro.
Apesar disso, a maioria dos crimes aconteceu em Salvador e Região Metropolitana. Urivelton de Jesus Santana, de 31 anos, assassinado na Estrada do Coco; Jailson César dos Santos Mendes, 43, surpreendido dentro de um ônibus na Avenida Paralela, e Aldo Carvalho Santos, 46, morto após assalto a uma farmácia no bairro da Pituba, foram executados logo nos 18 primeiros dias de 2017.
O último atentado contra Pms foi a situação do sargento aposentado Damião Lima de Oliveira, de 67 anos. Ele foi esfaqueado na cidade de Ibipeba por um rival. O suspeito foi preso momentos depois do crime, no dia 25 de janeiro.
Além do alto número de policiais, a estatística sobe para sete quando inclui-se outro braço do Estado, os bombeiros. O cabo Ademon Gomes de Santana foi assassinado na cidade de Barreiras no dia 9 de janeiro, quando parou para atender uma suposta ocorrência e foi confundido com outro homem alvo dos bandidos.
Soluções demoradas
Como não bastasse o ataque à instituição, outra situação também preocupa: a demora nas soluções. Apenas dois dos crimes citados acima foram completamente solucionados. Os casos do sargento aposentado e do soldado baleado dentro do coletivo. O adolescente que atirou contra o agente morreu após suposta troca de tiros no bairro do Uruguai. Já seu comparsa se entregou.
Na ação de Bom Jesus da Lapa a polícia estima que dez homens participaram do ato. Um deles morreu ainda no confronto enquanto outros dois bandidos foram encontrados baleados em Juazeiro, Norte da Bahia, e no Estado de Pernambuco.
Os soldados Gilberto e Everton trabalhavam no momento do crime
As outras ocorrências contra policiais ainda estão sendo investigadas. O crime que aconteceu na Estrada do Coco e vitimou Urivelton é o único que nenhum suspeito foi localizado. Já na ação da Pituba três homens são acusados do crime. Um deles morreu após troca de tiros no bairro da Santa Cruz e os outros não foram achados.
Vale lembrar que os homicídios contra policiais que acontecem em Salvador são investigados por uma força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) criada exclusivamente para esse fim. O chefe do grupo é o delegado Odair Carneiro, lotado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A execução do bombeiro também ainda é um mistério. O suspeito do crime, Orlando Bezerra, desapareceu após ser identificado. Ele chegou a correr de uma blitz da Polícia Militar no Oeste da Bahia e não foi mais visto.
Aratu Online.
