PF prende deputado João Rodrigues no aeroporto de Guarulhos

O deputado federal João Rodrigues (PSD-SC) foi preso pela PF (Polícia Federal) nesta quinta-feira (8) no aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Rodrigues foi detido dois dias após a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) ter decidido por sua prisão imediata.

Segundo a PF, levantamento com apoio dos Estados Unidos e do Paraguai, foi possível identificar que o “deputado se encontrava no exterior e havia modificado seu bilhete de passagem, alterando o destino final do Brasil para o Paraguai”.

O prazo dado para execução da pena prescreveria na próxima segunda-feira (12). De acordo com a polícia, “com receio” de que isso ocorresse, o fato foi comunicado ao ministro Alexandre de Moraes, presidente da Primeira Turma do STF, que autorizou a inclusão em difusão vermelha no banco de dados da Interpol.

“Com base nisso, o deputado João Rodrigues foi impedido de entrar no Paraguai, tendo sido embarcado em voo rumo a Guarulhos, onde foi preso”, disse a PF em nota.

Segundo a assessoria do parlamentar, ele embarcou, na manhã de quarta-feira (7), em Orlando, nos EUA, com destino a Assunção, capital paraguaia, “de onde faria o trajeto até Chapecó de carro para que, na sexta-feira (9), se apresentasse à Polícia Federal, como tinha antecipado aos meios de comunicação”.

A nota diz que, “chegando ao Paraguai, no aeroporto, [ele] foi abordado por policiais federais, e se entregou”.

De acordo com a assessoria, Rodrigues disse “que acredita na Justiça e que seus advogados vão reverter essa situação”. O comunicado ainda diz que o deputado “se sente magoado em razão de uma condenação extremamente injusta, mas ao mesmo tempo está aliviado”.

“Há 20 anos sofro com esse processo. Esperava que o desfecho fosse outro, mas infelizmente por razões que não entendo, vou cumprir a pena, aguardando uma modificação nesta determinação judicial”, disse o deputado segundo a nota.

Condenação

O parlamentar havia sido condenado pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) a cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto por crimes da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei de Licitações enquanto era prefeito do município de Pinhalzinho (SC). A defesa do deputado nega as irregularidades atribuídas a ele pelo MPF (Ministério Público Federal).

Ele aguardava a ordem de execução de sua pena em liberdade por meio de recursos judiciais. Em dezembro de 2017, a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu que a pena de Rodrigues fosse executada imediatamente sob risco de prescrição.

João Rodrigues ficou conhecido nacionalmente em 2015 ao ser flagrado assistindo a vídeos pornô em seu telefone celular no plenário da Câmara dos Deputados. À época, ele disse que o vídeo havia sido enviado a ele por amigos.

*Uol



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