Delcídio cita 37 políticos em delação premiada

O senador Delcídio do Amaral, que prestou depoimentos de colaboração premiada, implicou 74 pessoas, acusou o governo e a oposição e elevou a pressão sobre a presidente Dilma Rousseff, dois dias após a maior manifestação contra o governo.

Como refere a Folha de S. Paulo, Delcídio citou em depoimento alguns dos principais líderes políticos do país, como Dilma, o vice Michel Temer, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador tucano Aécio Neves (MG).

O senador que se desfiliou do PT contou que Dilma teria tentado interferir na Operação Lava Jato por meio do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Delcídio também disse que a presidente foi a responsável pela nomeação para um cargo na BR Distribuidora de Nestor Cerveró, preso e já condenado em processos da Lava Jato.

O ex-petista disse ainda que Lula ordenou um pagamento a Cerveró para impedir um acordo de delação.

Sobre Michel Temer, Delcídio do Amaral afirmou que foi o peemedebista quem chancelou a indicação de dois executivos da Petrobras que acabaram condenados na Lava Jato, João Augusto Henriques e Jorge Zelada.

Ainda segundo a Folha, o senador levantou suspeitas sobre a atuação de congressistas em CPIs e descreveu supostas operações para frear investigações nas comissões parlamentares sobre o bicheiro Carlinhos Cachoeira, em 2012, e da Petrobras, em 2014.

No total, Delcídio citou em delação o nome de 37 políticos, quatro partidos e 27 empresas.

*NM



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