Mulheres no ministério: Temer convida Ellen Gracie e Renata Abreu

Em busca de incluir mulheres em sua equipe, o vice-presidente Michel Temer sondou para compor seu ministério a ex-ministra do STF Ellen Gracie e Renata Abreu (PTN-SP). A primeira para comandar a CGU (Controladoria-Geral da União) e a segunda para a pasta dos Direitos Humanos.

Gracie foi sondada e ainda não deu resposta. Já Renata Abreu está praticamente acertada. Além destes nomes, Alexandre de Moraes, secretário de Segurança Pública de São Paulo, pode ir para o Ministério da Justiça.

Antes, ele estava cotado para a AGU (Advocacia-Geral da União). Sua indicação agradaria o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que inicialmente se opôs à indicação de nomes de tucanos para a futura equipe do peemedebista.

Outra novidade pode ser a indicação do advogado e amigo de Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, para o Ministério da Defesa. Mariz era cotado inicialmente para a Justiça, mas seu nome foi descartado depois de criticar, publicamente, a Operação Lava Jato.

Já está praticamente acertado ainda que Fernando Coelho, líder do PSB na Câmara, irá ocupar o Ministério da Integração Nacional. Temer não chegou, porém, a um acordo com o PSD de Gilberto Kassab.

Eles jantaram nesta terça-feira (3) no Palácio do Jaburu. Kassab manifestou seu desejo de voltar a comandar o Ministério das Cidades, que Temer gostaria de entregar para o PSDB. O nome tucano cotado para a pasta é o do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE).

Outra novidade é a decisão, que também deve ser consumada, de não extinguir a Secretaria de Portos, com status de ministério, para a qual voltaria Helder Barbalho, filho do senador Jáder Barbalho (PMDB-PA).

Na Saúde, o nome do médico Raul Cutait, dado como certo, agora está indefinido. O PP, que endossaria a indicação do cirurgião, estaria resistindo ao formato para a escolha de Cutait e pode mudar o nome do futuro ministro da Saúde.

O PP deve ficar com a presidência da Caixa, que seria entregue a Gilberto Occhi, e ainda pleiteia o comando do Ministério da Agricultura, que pode ficar com um deputado da sigla.

SEM ENXUGAMENTO

Em relação às críticas sobre a montagem de seu ministério, que não terá o enxugamento previsto inicialmente nem será composto por notáveis, assessores de Temer argumentam que pode ser melhor ficar com o “ônus das críticas” e ter a garantia do “bônus” de uma base aliada com votos suficientes para aprovar medidas no Congresso, inclusive emendas constitucionais.

Um auxiliar de Temer disse que o governo do peemedebista tem de partir da realidade que não sai com os votos das urnas, o que sempre dá a uma nova administração o capital político de conseguir aprovar suas medidas no Congresso.

Na situação atual, diz ele, o vice-presidente, que assumirá se o Senado aprovar o afastamento de Dilma Rousseff na próxima semana, tem de ir atrás dos votos dentro do Congresso e precisa contemplar seus partidos aliados. Daí que o corte de ministério pode ficar entre três a cinco no máximo. Com informações da Folhapress.

*NM



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