O governo federal prepara uma pacote de medidas econômicas para tentar animar a economia e driblar a crise que as delações de executivos da Odebrecht podem piorar. Apesar de estímulos financeiros não serem possíveis em razão do desequilíbrio nas contas públicas, Michel Temer quer adotar medidas que diminuam a burocracia ligada à atividade empresarial. De acordo com a Reuters, o governo também estuda a possibilidade de dar aval para uso de recursos do FGTS para diminuição do endividamento, depois de ter avaliado que o elevado nível de comprometimento com dívidas é umas das principais razões que dificultam a retomada econômica. “Há uma constatação de que os brasileiros estão, do ponto de vista das pessoas físicas, muito endividados”, disse o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), integrante de um grupo de trabalho que tem se reunido com a equipe econômica. A ideia do mecanismo, segundo o tucano, é permitir que as pessoas saiam de modalidades de crédito com juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial. O grupo também propôs que seja diminuído o tempo que as empresas de cartão de crédito repassam recursos aos lojistas pelas vendas realizadas. “Essas medidas todas no seu conjunto podem melhorar o ambiente de negócios, podem tornar o ambiente menos burocrático, mais simplificado, mas não é medida dessas que vai resolver o problema”, ponderou Ferraço. O Banco Central deve anunciar nesta semana medidas próprias referentes ao tema, como o sistema financeiro nacional por meio de sistema digitial e o aperfeiçoamento de mecanismos de solução de conflitos entre cidadãos.
