Visitas domiciliares do programa Criança Feliz começam em abril

As visitas domiciliares do Programa Criança Feliz devem começar até o final de abril, informou o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, durante o lançamento do programa no Rio de Janeiro, em cerimônia no Palácio Guanabara, sede do governo estadual. As informações são da Agência Brasil.

De acordo com o ministro, 2.690 municípios e praticamente todos os Estados já aderiram ao programa “então a gente vai começar já muito além do que a gente esperava”. “Teve a capacitação dos multiplicadores e agora vai ter a capacitação dos visitadores municipais. Até o final de abril a gente quer ter as visitas domiciliares em um número bem elevado”.

Segundo Terra, o objetivo é chegar a 4 milhões de crianças atendidas ao final de 2018, com cada visitador responsável por 30 famílias. O trabalho terá acompanhamento semanal de grávidas e crianças até 3 anos de idade que recebem o Bolsa Família. Nos casos de crianças com deficiência e os que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o acompanhamento se estenderá até os 6 anos.

Falando para uma plateia de prefeitos no evento ocorrido na última segunda (13), o ministro garantiu que os municípios não terão custo nenhum, mas serão responsáveis por fazer a gestão do programa e contratação dos visitadores, que receberão salário de R$ 1.650.

“Vamos repassar fundo a fundo e a prefeitura contrata. Se a prefeitura tiver qualquer dificuldade, vamos fazer parceria com o Sistema S também para fazer a contratação, que tem bastante capilaridade”.

Terra, que é médico, fez uma longa exposição sobre a importância dos estímulos e cuidados, desde o útero até os 3 anos, para o desenvolvimento neurológico e social da criança por toda a vida. “A formação inicial define tudo, nós definimos tudo que a criança vai ser, as competências, a inteligência dela, nos primeiros dois anos de vida, não é depois”, disse o ministro, falando sobre conexões neurais e formação do cérebro.

“É um programa que se baseia nos últimos conhecimentos científicos que têm na área da primeira infância. Muita gente acha que primeira infância é só trocar fralda, dar comida, amamentar, colocar na escolinha, que o papel da família é só esse e a criança tem condições de se desenvolver sozinha. A primeira infância é muito mais do que isso, o impacto que ela tem na vida daquela criança e no futuro daquela família e de toda a sociedade é imensurável”.

O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação, Assistência Social e Direitos Humanos, Pedro Fernandes, explicou que o governo estadual terá o papel de fomentador no programa, fazendo a ligação com as prefeituras e a fiscalização. De acordo com ele, até o momento 54 municípios fluminenses já aderiram.

“Foi uma troca muito grande de prefeitos, então para muitos é uma novidade. A falta de informação foi o nosso maior dificultador nesse processo, mas estamos buscando, tentando romper a barreira do medo. As prefeituras ficam com medo de assumir compromisso, principalmente com custo de pessoal, e depois não ter o repasse e as prefeituras terem que arcar com isso.

Com essa garantia de repasse fundo a fundo a gente vai trabalhar para dar um pouco mais de tranquilidade para os prefeitos aderirem ao projeto sem esse risco”, disse.

Com informações da Folhapress

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