A agenda oficial do presidente Michel Temer sofreu alterações depois da divulgação da delação premiada do sócio da empresa JBS, Joesley Batista. Dois peritos da Polícia Federal e especialistas em informática consultados pela revista Época apontam que as agendas antigas do Palácio do Planalto tiveram mudanças justamente no dia em que a Operação Patmos foi deflagrada pela Polícia Federal. A ação teve como base os depoimentos de executivos da JBS. Ricardo Saud declarou viajou no dia 18 de agosto de 2014 até Brasília para comunicar ao atual presidente que a JBS repassaria $ 15 milhões ao PMDB na campanha eleitoral. No entanto, a agenda eletrônica da vice-Presidência da República registra que a data não teve compromisso oficial. Em nota, o governo federal admitiu que fez alterações na agenda oficial, mas apenas para resolver questões burocráticas. “O que houve foi apenas uma transferência dos calendários para bancos de dados para evitar problemas tecnológicos, realizada na verdade no dia 16 de maio. Essa mudança garantiu o acesso público aos dados sem problemas de confusão de informações por questões técnicas”, justificou a assessoria do Palácio do Planalto.
