Fachin continuará como relator de investigação contra Lúcio Vieira Lima

foto: (José Cruz/Agência Brasil)

O ministro Edson Fachin deve continuar como relator do pedido de abertura de inquérito feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para investigar o deputado federal Lúcio Vieira Lima. A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, determinou que Fachin permaneça como relator.

O emedebista é suspeito de ter ameaçado o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. Fachin já relata um inquérito no qual o parlamentar e seu irmão, o ex-ministro Geddel Vieira Lima foram denunciados por lavagem de dinheiro e associação criminosa.

De acordo com o jornal O Globo, ele entende que os dois casos não têm relação entre si, portanto encaminhou o processo por ameaça para que Cármen Lúcia determinasse o sorteio de novo relator. Mas na avaliação dela e de Dodge, o processo deve ficar mesmo com Fachin.

Marcelo Calero deixou o governo em novembro do ano passado após relatar pressão de Geddel para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ligado ao Ministério da Cultura, liberasse o licenciamento de um empreendimento imobiliário no qual a família Vieira Lima tinha participação. Depois disso, teria sofrido ameaça de Lúcio.

Cármen Lúcia lembrou que, segundo a denúncia já feita, o imóvel foi usado pelos irmãos para lavar dinheiro. Assim, diz ela, “o eventual crime de ameaça pode ter sido praticado para ocultar ou para se conseguir a impunidade quanto ao delito de lavagem”. Em fevereiro, quando o STF voltará a funcionar normalmente após o recesso, caberá a Fachin decidir se abre ou não a investigação.

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