O ex-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto, afirmou em entrevista ao Valente Podcast nesta quinta-feira (24) que não considera a escolha da sua chapa como fatores determinantes para sua derrota nas eleições de 2022. No entanto, questionado sobre Zé Ronaldo, Neto disse que o ex-prefeito de Feira de Santana “reunia as melhores condições para ser vice, entretanto, na conclusão do processo político, isso não foi possível”.
Para ele, um dos fatores que mais influenciaram para a derrota a questão nacional, o “casamento do voto” para governador e presidente, no 13. Ele reafirmou que não assumiu uma apoio a um presidente da república por não ter se identificado com nenhum dos dois, e que não se arrepende. “Eu tinha que ser sincero com o eleitor e 47,5% praticamente da população entendeu isso”, afirmou.
Outro elemento que ele considerou importante para o resultado foi o fato de ter enfrentado um momento que “o governo do estado estava com muito dinheiro, o então governador Rui Costa chamou prefeitos de toda a Bahia, “tascou-lhe” convênio, e “tome-lhe” convênio, e conseguiu segurar cerca de 280 prefeitos na base de apoio à candidatura do candidato dele”.
Mesmo considerando estes fatores determinantes, ele disse que isso não implica que aprendizados não foram adquiridos em outros aspectos. Sobre a escolha da vice, ele reconheceu que pode não ter errado na pessoa, mas sim no “time” (tempo) para definir o nome. “Acho que uma candidatura de oposição deva antecipar essa escolha”, disse.
Questionado sobre como ficou com Zé Ronaldo após a escolhas, Neto disse que ele ficou chateado naquele momento. “Não há dúvida. E não escondeu isso. Inclusive na conversa comigo, que teve, dizendo que ele desejava, e tinha todo o direito. Reunia as melhores condições para ser vice, entretanto, na conclusão do processo político, isso não foi possível. Naquele momento, a gente compreendeu que era preciso dar esse espaço para o Republicanos, e Zé Ronaldo estava afiliado ao União Brasil. Talvez se Zé Ronaldo estivesse afiliado ao Republicanos, o nome fosse o dele”.
